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CRÉDITO
Cerca de 400 mil já procuraram Fies
Tuca Vieira/Folha Imagem
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Rodolfo de Oliveira Vaz, 18, que mesmo com bolsa de 60% tem dificuldades para quitar o curso |
Programa do MEC oferece empréstimo, que deve ser pago depois do final da graduação
SIMONE HARNIK
VINÍCIUS CAETANO SEGALLA
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de comemorar a
aprovação em uma faculdade,
uma dúvida: como fazer para
arcar com as mensalidades? A
saída a que muitos recorrem é o
Fies (Programa Financiamento Estudantil), do Ministério da
Educação, com inscrições abertas até o dia 19, para alunos do
Prouni (Programa Universidade para Todos), ou até o dia 26,
para os demais, e que tem reservado R$ 900 milhões em benefícios para o próximo ano.
Mas é bom ficar de olho, porque o programa -que já tem
cerca de 400 mil estudantes beneficiados desde 1999- é um
tipo de empréstimo, não uma
doação do governo.
Ciente disso, Roberta Oguro,
24, que faz engenharia elétrica
na FEI, decidiu em 2003 tentar
uma vaga. "Estava com o orçamento apertado e ficaria difícil
cursar a faculdade sem o auxílio", conta. Após formada, ela
terá de pagar o financiamento
(veja as regras ao lado).
Para o próximo ano, os estudantes do Prouni são prioridade do Fies. Os alunos com bolsa
parcial pelo programa têm direito a financiar metade do valor que pagam às instituições.
Todos os beneficiados com o financiamento terão um alívio:
houve queda nas taxas de juros
de 9% para 6,5% no ano. Já os
alunos dos cursos de licenciatura, pedagogia, normal superior e dos cursos tecnológicos
terão taxas de 3,5% ao ano.
Porém, a medida não se aplica a quem se formou e está quitando o financiamento. De
acordo com o MEC, será enviado ao Congresso projeto de lei
para expandir o benefício.
Antes de realizar o empréstimo, é preciso ficar atento: "Não
é uma bolsa. Por isso o aluno
deve levar em conta na hora a
carreira e a instituição que lhe
dê boas condições para pagar",
alerta o diretor do Departamento de Modernização e Programas da Educação Superior,
Celso Carneiro Ribeiro.
As críticas da UNE (União
Nacional dos Estudantes) estão
justamente na vinculação do
programa às regras bancárias.
"É preciso ter um fiador e nem
todo estudante tem como conseguir um", afirma o presidente
da entidade, Gustavo Petta.
Outra ressalva é o tempo para quitar a dívida, já que apenas
no primeiro ano de formado é
que as parcelas são menores. "É
difícil se estabilizar no mercado. O certo seria ampliar esse
prazo para dois anos", diz.
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