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FOCO
Aprovada no 1º Sisu, vida de paulistana mudou em 24 h
Paulo Rossi/Folhapress
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Camila Ortega, em brechó onde comprou os móveis de casa
DE SÃO PAULO
De um dia para o outro, Camila Ortega, 21, precisou colocar tudo o que considerava
fundamental numa mala, separar documentos e se preparar para uma viagem de
1.372 km, distância que separa São Paulo de Pelotas (RS).
A vestibulanda foi aprovada em arquitetura na UFPel
(Universidade Federal de Pelotas) na primeira edição do
Sisu, em março. A boa-nova
chegou numa segunda-feira
à noite e a matrícula tinha de
ser feita na quarta de manhã.
"Não tive tempo nem para
pensar", diz a vestibulanda,
que precisou ir de avião. De
ônibus não daria tempo. Empacotou tudo o que conseguiria carregar e foi, torcendo para não ter esquecido nada de fundamental.
Matrícula feita, vaga garantida e o segundo problema chegou. Onde ela iria morar? Recomeçou a correria.
Assim como Camila, outros
tantos estudantes vindos de
outros Estados precisavam
se alojar. Dos 34 colegas de
sua sala, por exemplo, só três
são da cidade.
Camila teve mais sorte que
alguns amigos. Em dois dias,
encontrou uma quitinete.
Para montar sua casa, recorreu aos tradicionais brechós da cidade, que vendem
móveis, material didático e
toda espécie de quinquilharia de estudantes que se formaram e deixaram Pelotas.
"Não era o meu sonho,
mas eu estou me realizando", conta Camila, que, depois de quatro vestibulares,
decidiu que não poderia
mais perder tempo.
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