São Paulo, quarta-feira, 11 de agosto de 2010
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Oferta de bônus é pouco conhecida

Estudantes da USP beneficiados pelo Inclusp vão a colégios da rede pública apresentar programa

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Foi na sua escola, a Oswaldo Catalano, no Tatuapé (zona leste de São Paulo), que a estudante de têxtil e moda Natany de Souza Gomes, 18, ficou sabendo dos programas de inclusão da USP.
Mas esse é um exemplo raro, diz a pró-reitora de graduação da universidade, Telma Maria Zorn. "Infelizmente a maioria das escolas públicas não sabe como funcionam [os programas de inclusão da USP]."
Foi para divulgar as iniciativas que a universidade criou, em 2008, o Programa Embaixadores da USP, do qual Natany faz parte.
O programa deixou de ser realizado no ano passado, por "questões internas da USP", mas a partir deste ano contará com um reforço importante: professores da instituição também foram convidados a participar.
No total, 2.568 universitários se inscreveram e, até agora, quatro professores demonstraram interesse.
A intenção da universidade é que os embaixadores voltem às escolas de origem -e também visitem escolas do bairro- para explicar como funcionam os bônus concedidos aos estudantes oriundos da rede pública.
"E também para mostrar que a nossa universidade não é inacessível, onde só estudam alunos que fizeram escola privada", diz Telma.
Para alguns, o trabalho faz parte de bolsas que são concedidas pela Fuvest, mas a maioria dos integrantes se inscreveu como voluntário -que também recebe uma ajuda de custo.
"É um trabalho muito interessante, porque eu mesma não tive quase nenhuma informação na minha escola, que era pública. Fiquei sabendo no cursinho", conta Daniela Santos Lima, 23, que estuda letras na USP e também é uma embaixadora.
Nesta semana, ela deve fazer a primeira visita a sua antiga escola, em Atibaia (64 km de São Paulo), mas já teve a oportunidade de divulgar o projeto durante a 4ª Feira de Profissões da USP, realizada de 5 a 7 de agosto.
"[No evento] Percebi que a maioria dos alunos de escola pública não sabia o que eram [os programas de inclusão], já os de escola particular conheciam e ainda diziam "ah, isso é só para colégio público'", conta Daniela.
Natany, que já foi a outros colégios além do seu, diz que tem percebido grande interesse dos alunos.
"Vi alguns anotando o que eu falava, até comentando. É gratificante, pois [os bônus] me ajudaram muito", afirma a universitária. (AT)


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