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Oferta de bônus é pouco conhecida
Estudantes da USP beneficiados pelo Inclusp vão a colégios da rede pública apresentar programa
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Foi na sua escola, a Oswaldo Catalano, no Tatuapé (zona leste de São Paulo), que a
estudante de têxtil e moda
Natany de Souza Gomes, 18,
ficou sabendo dos programas de inclusão da USP.
Mas esse é um exemplo raro, diz a pró-reitora de graduação da universidade, Telma Maria Zorn. "Infelizmente a maioria das escolas públicas não sabe como funcionam [os programas de inclusão da USP]."
Foi para divulgar as iniciativas que a universidade
criou, em 2008, o Programa
Embaixadores da USP, do
qual Natany faz parte.
O programa deixou de ser
realizado no ano passado,
por "questões internas da
USP", mas a partir deste ano
contará com um reforço importante: professores da instituição também foram convidados a participar.
No total, 2.568 universitários se inscreveram e, até
agora, quatro professores demonstraram interesse.
A intenção da universidade é que os embaixadores
voltem às escolas de origem
-e também visitem escolas
do bairro- para explicar como funcionam os bônus concedidos aos estudantes
oriundos da rede pública.
"E também para mostrar
que a nossa universidade
não é inacessível, onde só estudam alunos que fizeram
escola privada", diz Telma.
Para alguns, o trabalho faz
parte de bolsas que são concedidas pela Fuvest, mas a
maioria dos integrantes se
inscreveu como voluntário
-que também recebe uma
ajuda de custo.
"É um trabalho muito interessante, porque eu mesma
não tive quase nenhuma informação na minha escola,
que era pública. Fiquei sabendo no cursinho", conta
Daniela Santos Lima, 23, que
estuda letras na USP e também é uma embaixadora.
Nesta semana, ela deve fazer a primeira visita a sua antiga escola, em Atibaia (64
km de São Paulo), mas já teve
a oportunidade de divulgar o
projeto durante a 4ª Feira de
Profissões da USP, realizada
de 5 a 7 de agosto.
"[No evento] Percebi que a
maioria dos alunos de escola
pública não sabia o que eram
[os programas de inclusão],
já os de escola particular conheciam e ainda diziam "ah,
isso é só para colégio público'", conta Daniela.
Natany, que já foi a outros
colégios além do seu, diz que
tem percebido grande interesse dos alunos.
"Vi alguns anotando o que
eu falava, até comentando. É
gratificante, pois [os bônus]
me ajudaram muito", afirma
a universitária.
(AT)
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