São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 2008
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UNICAMP

Parte dissertativa da prova pode ser respondida a lápis

Organizadores do vestibular, entretanto, recomendam o uso da caneta

Leandro Moraes/Folha Imagem
O vestibulando Victor Ricciardi vai prestar engenharia mecânica

LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

Neste domingo, 49.287 vestibulandos de todo o Brasil devem ir às 13h fazer o vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
A principal novidade deste ano é que as questões poderão ser resolvidas a lápis, embora os organizadores do processo seletivo recomendem o uso da caneta. "Com caneta, o candidato fica seguro de que ninguém manipulou a sua prova", afirma Leandro Tessler, coordenador-executivo do vestibular. Mas, atenção: apenas a parte relativa às questões pode ser respondida a lápis; a redação continua sendo obrigatoriamente a caneta.
Outra novidade é que a prova não virá mais dividida em dois cadernos -um com as questões e outro para as respostas. A Comvest, comissão que organiza o vestibular da Unicamp, resolveu unificar os dois blocos. Cada enunciado virá com espaço abaixo para resposta.
"Buscamos fazer uma prova mais próxima daquelas que os vestibulandos costumam ter no ensino médio", afirma Tessler. De acordo com ele, a mudança abre possibilidades para a elaboração das questões. Tessler diz que pode haver questões a que o candidato tenha que responder diretamente no gráfico do enunciado -por exemplo, desenhando uma parábola sobre a imagem.
A prova da primeira fase tem 12 questões dissertativas e uma redação, que pode ser feita como dissertação, narrativa ou carta. Cada parte vale 48 pontos, somando 96.
Só são corrigidas as redações dos candidatos que tiverem as pontuações mais altas nas questões gerais -num total de oito a 12 vezes o número de vagas por carreira. O candidato que tirar nota zero na redação é desclassificado.

Paciência
"A prova da Unicamp é sempre temática", diz o coordenador do cursinho Etapa, Edmilson Motta. "Mas o tema é algo de atualidades, então, não deve ser surpresa para ninguém." Motta diz que uma candidata forte ao tema da prova é a questão do biodiesel e que a crise financeira do mercado norte-americano tem menos chance de cair, "por ser mais recente".
Ele aconselha que os vestibulandos refaçam provas anteriores (disponíveis no site www.comvest.unicamp.br). "O estudante deve chegar preparado, porque é uma prova em que tem que ter paciência", diz Motta. "Muita paciência para ler os textos e os gráficos com muito cuidado."
Alberto Francisco do Nascimento, coordenador do cursinho Anglo, também recomenda que os candidatos continuem estudando nesta semana, "mas no ritmo de sempre". "E sábado não é dia de estudar. Tem que dar uma descansada."
A vestibulanda Davyllen Fernandes, 19, está estudando desde o início do ano. Além da Unicamp, ela vai prestar Unesp e USP, mas quer mesmo estudar em Campinas. "Fiquei um ano [2007] sem estudar, mas agora estou me esforçando e acho que vai dar", diz ela.
Victor Ricciardi, 18, também quer Unicamp. Ele nasceu em Campinas e está em São Paulo porque seus pais vieram para a capital, mas diz ter boas lembranças da instituição campineira. "Eu jogava basquete lá quando era menor", lembra ele, que estuda no Etapa desde março para conseguir entrar em engenharia mecânica na sua cidade natal.

UNICAMP EM NÚMEROS

49.287
é o número de inscritos no vestibular

3.434
é o total de vagas

66
é o número de cursos oferecidos pela Unicamp; a Famerp oferece dois cursos

12.930
inscritos são de São Paulo, cidade que teve o maior número de candidatos

202
inscritos são de Curitiba, município que teve o menor número de inscritos


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