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UNICAMP
Parte dissertativa da prova pode ser respondida a lápis
Organizadores do vestibular, entretanto, recomendam o uso da caneta
Leandro Moraes/Folha Imagem
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O vestibulando Victor Ricciardi vai prestar engenharia mecânica
LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
Neste domingo, 49.287 vestibulandos de todo o Brasil devem ir às 13h fazer o vestibular
da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
A principal novidade deste
ano é que as questões poderão
ser resolvidas a lápis, embora
os organizadores do processo
seletivo recomendem o uso da
caneta. "Com caneta, o candidato fica seguro de que ninguém manipulou a sua prova",
afirma Leandro Tessler, coordenador-executivo do vestibular. Mas, atenção: apenas a parte relativa às questões pode ser
respondida a lápis; a redação
continua sendo obrigatoriamente a caneta.
Outra novidade é que a prova
não virá mais dividida em dois
cadernos -um com as questões
e outro para as respostas. A
Comvest, comissão que organiza o vestibular da Unicamp, resolveu unificar os dois blocos.
Cada enunciado virá com espaço abaixo para resposta.
"Buscamos fazer uma prova
mais próxima daquelas que os
vestibulandos costumam ter no
ensino médio", afirma Tessler.
De acordo com ele, a mudança
abre possibilidades para a elaboração das questões. Tessler
diz que pode haver questões a
que o candidato tenha que responder diretamente no gráfico
do enunciado -por exemplo,
desenhando uma parábola sobre a imagem.
A prova da primeira fase tem
12 questões dissertativas e uma
redação, que pode ser feita como dissertação, narrativa ou
carta. Cada parte vale 48 pontos, somando 96.
Só são corrigidas as redações
dos candidatos que tiverem as
pontuações mais altas nas
questões gerais -num total de
oito a 12 vezes o número de vagas por carreira. O candidato
que tirar nota zero na redação é
desclassificado.
Paciência
"A prova da Unicamp é sempre temática", diz o coordenador do cursinho Etapa, Edmilson Motta. "Mas o tema é algo
de atualidades, então, não deve
ser surpresa para ninguém."
Motta diz que uma candidata
forte ao tema da prova é a questão do biodiesel e que a crise financeira do mercado norte-americano tem menos chance
de cair, "por ser mais recente".
Ele aconselha que os vestibulandos refaçam provas anteriores (disponíveis no site
www.comvest.unicamp.br).
"O estudante deve chegar preparado, porque é uma prova em
que tem que ter paciência", diz
Motta. "Muita paciência para
ler os textos e os gráficos com
muito cuidado."
Alberto Francisco do Nascimento, coordenador do cursinho Anglo, também recomenda que os candidatos continuem estudando nesta semana,
"mas no ritmo de sempre". "E
sábado não é dia de estudar.
Tem que dar uma descansada."
A vestibulanda Davyllen Fernandes, 19, está estudando desde o início do ano. Além da Unicamp, ela vai prestar Unesp e
USP, mas quer mesmo estudar
em Campinas. "Fiquei um ano
[2007] sem estudar, mas agora
estou me esforçando e acho que
vai dar", diz ela.
Victor Ricciardi, 18, também
quer Unicamp. Ele nasceu em
Campinas e está em São Paulo
porque seus pais vieram para a
capital, mas diz ter boas lembranças da instituição campineira. "Eu jogava basquete lá
quando era menor", lembra ele,
que estuda no Etapa desde
março para conseguir entrar
em engenharia mecânica na
sua cidade natal.
UNICAMP
EM NÚMEROS
49.287
é o número de inscritos no
vestibular
3.434
é o total de vagas
66
é o número de cursos oferecidos
pela Unicamp; a Famerp oferece
dois cursos
12.930
inscritos são de São Paulo, cidade
que teve o maior número de
candidatos
202
inscritos são de Curitiba, município
que teve o menor número de
inscritos
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