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EFEMÉRIDES
Datas não aparecem só em história
Nova cara de vestibulares faz datas relativas a direito, artes e esporte ganharem importância
DA REPORTAGEM LOCAL
Engana-se quem pensa que
estudar as efemérides só ajuda
em história e geografia. Com a
tendência seguida por vestibulares de incluir cada vez mais a
interdisciplinaridade e de
aproximar as questões do cotidiano dos alunos, datas relacionadas a ciências naturais, direitos humanos, literatura, artes e
esportes ganham importância.
Por isso, o vestibulando de
hoje não pode só saber que o
Estatuto da Criança e do Adolescente existe há 20 anos. Tem
de saber as implicações sociais
que tal documento trouxe para
a sociedade atual.
Também não é suficiente saber que o Maracanã foi construído há 60 anos para a Copa
Mundial que o Brasil sediou.
"Tem que saber sobre o desenvolvimentismo que está por
trás de grandes obras", diz Célio Tasinafo, coordenador do
curso Oficina do Estudante.
Datas naturalmente ligadas à
história podem servir de insumo a outras disciplinas, como
matemática, como é o caso do
cinquentenário da construção
de Brasília. "[Citar a inauguração do DF] nem exigiria muita
criatividade da banca. Pode até
parecer artificial, mas dá um
contexto. A maioria das provas
hoje é assim", diz Edmilson
Motta, coordenador do Etapa.
Para estar preparado para essas situações, Tasinafo aconselha os alunos a programar uma
preparação complementar aos
estudos, com filmes e idas a
museus. "Com isso, o aluno vê a
mesma coisa por outro ângulo",
diz ele, com a ressalva de que é
preciso atenção às imprecisões
históricas que obras ficcionais
possam ter.
Adepto dessa tática, Felipe
Marinho, 19, já se concentra
nos estudos para conseguir
uma vaga de direito na USP.
Dentre os filmes a que assistiu
em 2009, está "O Nome da Rosa", baseado no livro homônimo de Umberto Eco -que
completa 30 anos em 2010.
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