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Prova específica para ingressar na graduação exige preparação anterior
DA REPORTAGEM LOCAL
Se, para ser aprovado em medicina, o candidato tem de enfrentar uma prova específica de
biologia na segunda fase do vestibular, em música também é
assim, mas o exame é sobre outra matéria, que, diferentemente das demais, não costuma ser
ensinada em todas as escolas de
ensino médio.
Isso é o que dizem os professores dos cursos de música para
justificar a prova específica, que
costuma ser rigorosa. Para conseguir uma vaga no curso da
USP, por exemplo, o candidato
deve ter um aproveitamento
mínimo de 50% no exame,
além de a nota contar 120 pontos (a primeira fase vale 160).
O exame tem uma prova teórica -com história da música,
teoria musical e percepção- e
uma prática, que varia em cada
habilitação. Os vestibulandos
da USP que escolheram violão,
por exemplo, tiveram, no ano
passado, que executar uma peça de Heitor Villa-Lobos. Só
conseguir acompanhar algumas músicas no instrumento,
portanto, não basta para ingressar na carreira.
"Tem muita gente que adora
escutar música no rádio, toca
alguma musiquinha na flauta
doce e acha que é o suficiente
para fazer a graduação. O estudante tem de ter uma formação
anterior", disse Rogério Costa,
presidente da comissão de graduação em música da USP.
Não há um tempo mínimo de
preparação, geralmente feita
em conservatórios, em escolas,
ou com professores particulares. Há casos de candidatos
aprovados que estudam música
desde criança e outros que começaram na adolescência. Isso
depende do quanto o estudante
dedica diariamente à prática
musical.
"Ter menos de dois anos de
preparação é complicado. Mas
tem gente que começa a tocar
na adolescência, fica viciado em
música nesse período, treina
muito e vai bem", disse Ney
Carrasco, professor da Unicamp.
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