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      São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2003
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Prova específica para ingressar na graduação exige preparação anterior

DA REPORTAGEM LOCAL

Se, para ser aprovado em medicina, o candidato tem de enfrentar uma prova específica de biologia na segunda fase do vestibular, em música também é assim, mas o exame é sobre outra matéria, que, diferentemente das demais, não costuma ser ensinada em todas as escolas de ensino médio.
Isso é o que dizem os professores dos cursos de música para justificar a prova específica, que costuma ser rigorosa. Para conseguir uma vaga no curso da USP, por exemplo, o candidato deve ter um aproveitamento mínimo de 50% no exame, além de a nota contar 120 pontos (a primeira fase vale 160).
O exame tem uma prova teórica -com história da música, teoria musical e percepção- e uma prática, que varia em cada habilitação. Os vestibulandos da USP que escolheram violão, por exemplo, tiveram, no ano passado, que executar uma peça de Heitor Villa-Lobos. Só conseguir acompanhar algumas músicas no instrumento, portanto, não basta para ingressar na carreira.
"Tem muita gente que adora escutar música no rádio, toca alguma musiquinha na flauta doce e acha que é o suficiente para fazer a graduação. O estudante tem de ter uma formação anterior", disse Rogério Costa, presidente da comissão de graduação em música da USP.
Não há um tempo mínimo de preparação, geralmente feita em conservatórios, em escolas, ou com professores particulares. Há casos de candidatos aprovados que estudam música desde criança e outros que começaram na adolescência. Isso depende do quanto o estudante dedica diariamente à prática musical.
"Ter menos de dois anos de preparação é complicado. Mas tem gente que começa a tocar na adolescência, fica viciado em música nesse período, treina muito e vai bem", disse Ney Carrasco, professor da Unicamp.


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