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REFORMA
Acordo altera só 0,5% das palavras no Brasil
Estudante deve ter cuidado com dicionários novos
Leo Caobelli/Folha Imagem
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Aline diz que vai usar a antiga grafia na Fuvest
DA REPORTAGEM LOCAL
O Acordo Ortográfico, que
entrou em vigor no dia 1º, muda
uma pequena parcela do vocabulário brasileiro -apenas
0,5%- e 1,5% a 2% das palavras
do vocabulário lusitano, que é
seguido por países africanos de
língua portuguesa (Moçambique, Angola, Cabo Verde, São
Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau), além de Timor Leste.
Por isso, especialistas acreditam que a adaptação dos brasileiros às novas regras não será
tão complexa.
"É tão pouca coisa [que muda
para o brasileiro], que eu não
acho que vá causar problemas",
afirma Carlos Alberto Faraco,
doutor em linguística e professor da UFPR (Universidade Federal do Paraná).
Apesar de já ter entrado em
vigor, o texto do Acordo ainda
deixa algumas dúvidas. Acadêmicos apontam como uma falha o governo federal ter iniciado o processo de implementação do Acordo antes de ter publicado o Volp ("Vocabulário
Ortográfico da Língua Portuguesa"), que registra a forma
oficial de escrever as palavras.
Ainda não foi definida a grafia
correta de palavras como "coabitar" -se continuará assim ou
se será "co-habitar".
De acordo com o Ministério
da Educação, o Volp deve ser
publicado entre o final de fevereiro e o início de março.
Portanto, quem quer aprender as novas regras logo deve
tomar cuidado com dicionários
publicados recentemente e
corretores ortográficos que já
podem ser baixados na internet, já que não se sabe como ficarão alguns vocábulos.
Atualmente, há cerca de 240
milhões de pessoas que falam a
língua portuguesa no mundo.
(LUISA ALCANTARA E SILVA)
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