São Paulo, terça-feira, 13 de janeiro de 2009
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REFORMA

Acordo altera só 0,5% das palavras no Brasil

Estudante deve ter cuidado com dicionários novos

Leo Caobelli/Folha Imagem
Aline diz que vai usar a antiga grafia na Fuvest

DA REPORTAGEM LOCAL

O Acordo Ortográfico, que entrou em vigor no dia 1º, muda uma pequena parcela do vocabulário brasileiro -apenas 0,5%- e 1,5% a 2% das palavras do vocabulário lusitano, que é seguido por países africanos de língua portuguesa (Moçambique, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau), além de Timor Leste.
Por isso, especialistas acreditam que a adaptação dos brasileiros às novas regras não será tão complexa.
"É tão pouca coisa [que muda para o brasileiro], que eu não acho que vá causar problemas", afirma Carlos Alberto Faraco, doutor em linguística e professor da UFPR (Universidade Federal do Paraná).
Apesar de já ter entrado em vigor, o texto do Acordo ainda deixa algumas dúvidas. Acadêmicos apontam como uma falha o governo federal ter iniciado o processo de implementação do Acordo antes de ter publicado o Volp ("Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa"), que registra a forma oficial de escrever as palavras. Ainda não foi definida a grafia correta de palavras como "coabitar" -se continuará assim ou se será "co-habitar".
De acordo com o Ministério da Educação, o Volp deve ser publicado entre o final de fevereiro e o início de março.
Portanto, quem quer aprender as novas regras logo deve tomar cuidado com dicionários publicados recentemente e corretores ortográficos que já podem ser baixados na internet, já que não se sabe como ficarão alguns vocábulos.
Atualmente, há cerca de 240 milhões de pessoas que falam a língua portuguesa no mundo. (LUISA ALCANTARA E SILVA)


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