Com exceção dos populares, maioria dos pré-vestibulares de SP não oferece aulas do idioma

DE SÃO PAULO

Apesar da inclusão da cobrança da língua estrangeira no Enem, a maioria dos cursinhos de São Paulo ainda não oferece aulas de espanhol. O motivo é que grandes universidades do Estado cobram apenas o inglês nos seus vestibulares.
O movimento de adequação à cobrança de língua espanhola tem sido mais rápido em cursinhos populares. Para essas instituições, a preparação para o Enem é prioritária, porque, além de dar acesso às universidades e institutos federais via Sisu, o exame nacional também é porta de acesso para o ProUni -programa do governo federal que concede bolsas de estudo para alunos carentes em instituições privadas de ensino superior.
O Cursinho do XI, por exemplo, que é voltado para a população de baixa renda, ainda não oferece aulas de espanhol, mas já planeja oferecer uma turma no segundo semestre deste ano.
"É uma aula que o público quer, por isso vamos oferecer", diz a coordenadora, Augusta Pereira. As aulas, assim como no inglês, vão começar pelo básico. "Como são da rede pública, os alunos têm muita dificuldade", afirma ela. O Educafro, também popular, está estudando a inclusão da disciplina em sua grade de disciplinas. De acordo com a assessoria, o cursinho ainda está fazendo um levantamento entre seus alunos para identificar se há necessidade de oferecer uma turma de espanhol.
Grandes redes de pré-vestibulares, Anglo, Etapa e Objetivo não têm aula de espanhol. Os dois últimos, no entanto, oferecem aulas da língua nos seus colégios conveniados. (PG)
Colaborou ANDRESSA TAFFAREL

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