COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Cerca de 44,5% dos alunos que desistem do curso o fizeram porque se depararam com problemas na hora da escolha, aponta pesquisa de Yvette Piha Lehman, coordenadora do serviço profissional e professora do Instituto de Psicologia da USP.
Os estudantes abandonam o curso por pressões dos pais ou falta de informação sobre a faculdade e o mercado de trabalho. "Geralmente a escolha não foi amadurecida, e existe uma dificuldade do aluno em se adaptar às novas exigências e aos professores, que são bem diferentes dos que eles tiveram no ensino médio."
As dificuldades, no entanto, não devem desanimar o estudante. "O modelo de profissional exigido pelo mercado hoje não é o de especialista, mas sim de um profissional generalista, que pode ter se formado em educação física e atuar como gerente de vendas, por exemplo", afirma Lehman.
Para a professora Maria Beatriz de Carvalho Melo Lobo, sócia-diretora da consultoria para educação superior Lobo e Associados, o remédio para quem pensa em parar um curso é o mesmo para o vestibulando: "O aluno deve analisar seus interesses, pensar se suas habilidades são compatíveis com a atividade, conversar com professores e com pessoas bem-sucedidas na carreira escolhida, antes de tomar qualquer decisão".


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