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Institutos terão 17 mil vagas no Sisu
Total de ofertas cresceu em relação à seleção realizada no início do ano
Rafael Andrade/Folhapress
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Gabriel de Rocha Silva, 31, formado em engenharia eletrônica pelo Cefet do Rio de Janeiro
ANDRESSA TAFFAREL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Assim como as universidades federais, os institutos federais de educação tecnológica (antigos Cefets) também
vão destinar mais vagas para
o Sisu, na comparação com a
seleção do início deste ano.
O sistema, criado pelo Ministério da Educação, seleciona os candidatos conforme seu desempenho no
Enem, que acontece nos dias
6 e 7 de novembro. As inscrições já se encerraram.
Serão pouco mais de 17 mil
vagas -ou 70% das 24,6 mil
disponíveis nos institutos-
reservadas a quem pretende
usar apenas o Enem para ingressar no ensino superior.
Além dos cursos superiores de tecnologia, que duram
de dois a três anos e têm formação mais específica, também são oferecidos bacharelados e licenciaturas. Em um
ano, a oferta via Enem praticamente dobrou. Na seleção
do início do ano, eram 9.026
vagas em institutos.
"Já aumentou muito a procura, e a tendência é utilizar
o Enem em 100% [das vagas].
Mas entendemos que é um
processo muito novo, algumas instituições ainda têm
insegurança", diz o secretário de Educação Profissional
e Tecnológica do MEC, Eliezer Moreira Pacheco.
O que também cresceu foi
a adesão das instituições ao
sistema. No ano passado, dos
38 institutos, 25 usaram o desempenho no Enem como
critério de seleção para todas
ou parte de suas vagas.
Neste ano, esse número
pulou para 37. A participação
só não será total porque o
instituto do Amapá tem apenas cursos de nível médio.
Os dois Cefets que ainda
existem -Rio e Minas- também aderiram ao Sisu. Os outros viraram institutos federais por uma questão estrutural dos cursos.
Consuelo Sielski Santos,
presidente do Conif (conselho das instituições federais
de tecnologia), vê como positiva a adesão. "É um processo que vai se estabelecer aos
poucos, ainda precisa de
muita divulgação. Mas [o Sisu] é muito bom."
As vagas pelo Sisu são
preenchidas em rodadas. Os
postos que sobram em uma
rodada seguem abertos na
próxima. Uma consequência
desse modelo é que muitos
alunos são aprovados com o
ano letivo em andamento.
PRECONCEITO
Os cursos oferecidos pelos
institutos ainda são vistos
por muitos estudantes como
menos qualificados que os de
universidades, o que a presidente da Conif acha um erro.
"As pessoas precisam lembrar que não é um técnico [de
nível médio] melhorado."
Formado em engenharia
eletrônica pelo Cefet do Rio,
Gabriel da Rocha Silva, 31,
achou seu curso muito bom.
"Nunca percebi diferença em
relação a colegas formados
em outros lugares."
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