São Paulo, quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
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Estadual e federal de SP fazem prova na sequência

Maratona de segundas fases começa amanhã e termina na segunda-feira

Karime Xavier/Folhapress
Augusto Canton, 17, que vai prestar medicina

PATRÍCIA GOMES
DE SÃO PAULO

O que é possível fazer em 17 horas de prova? Esse é o tempo que 331 candidatos terão, de amanhã até segunda, para tentar uma vaga na Unesp e na Unifesp.
Esse grupo de alunos, que foi convocado para a segunda fase da Unesp e está inscrito no vestibular misto da Unifesp, deverá responder a mais de 50 questões dissertativas, 45 testes e desenvolver duas redações numa sequência de quatro dias de prova. De descanso, só o sábado.
Augusto Canton, 17, aluno do CPV, sabe que a tarefa que o espera é extenuante, mas o candidato a medicina pretende usar cada um dos 1.020 minutos a que tem direito. "É cansativo, mas fico até o fim, até o fiscal me tirar a prova."

UNIFESP
A Unifesp é quem abre a maratona, com provas amanhã e sexta para 17.386 candidatos. No primeiro dia, todos devem fazer 30 testes de português, 15 de inglês ou francês e a redação. No segundo dia, as questões são dissertativas e dependem do campus.
O resultado final dos candidatos do vestibular misto é composto pela média aritmética das notas obtidas nos dois dias de prova, mais a nota da parte objetiva do Enem.
Apenas sete graduações, entre elas as mais concorridas e tradicionais, adotam esse sistema de seleção. Outros 26 cursos oferecem suas 2.041 vagas só pela nota do Enem (leia mais na pág. 5).

UNESP
A Unesp aplica seus exames no domingo e na segunda para 31.599 estudantes, 6.516 deles na cidade de SP. Diferentemente do que ocorre na Unifesp, as provas são iguais para todos os alunos.
Ao todo, os candidatos fazem uma redação e 36 questões dissertativas, sendo 24 no domingo e 12 na segunda.
No primeiro dia, as questões são de ciências humanas, ciências da natureza e matemática. No dia seguinte, são 12 questões de linguagens e códigos e a redação.
"Tenho mais medo da prova da Unesp porque cai história e geografia, que eu sei menos", diz Jéssica Adamucho, 18, que presta medicina na Unesp e na Unifesp.
De acordo com Sheila de Pinho, pró-reitora de graduação da Unesp, a opção de fazer um exame igual para todos é uma tentativa de fortalecer o ensino básico.
"É uma forma de dizer para o jovem que todas as disciplinas são importantes. É cedo para ele se dedicar a uma matéria e desistir de outra."


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