|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ATUALIDADES
A Alca poderá ser uma zona de livre comércio
ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA
Até dezembro de 2004, as negociações em torno da criação da
Área de Livre Comércio das Américas, a Alca, estarão sob o comando conjunto do Brasil e dos EUA.
Com exceção de Cuba, serão 34
países da América, o que representa um mercado consumidor
de 780 milhões de pessoas e um
PIB (Produto Interno Bruto) em
torno de US$ 12 trilhões.
Não se sabe ainda se a Alca deveria ser uma União Aduaneira
(UA) ou uma Zona de Livre Comércio (ZLC), ou quem sabe, no
futuro, um Mercado Comum
(MC). Num processo de integração econômica, uma UA pressupõe que os países-membros adotem uma mesma tarifa para as importações provenientes de mercados externos. Essa tarifa externa
comum e sua aplicação resultam
na criação de um espaço aduaneiro comum, com regras gerais em
matéria alfandegária, como acontece com o Mercosul.
Já uma ZLC consiste na eliminação de todas as barreiras tarifárias
que incidem sobre o comércio entre países-membros. De acordo
com o Gatt, que estabeleceu as regras sobre comércio internacional a partir de 1947 e que deu origem à Organização Mundial do
Comércio (OMC), um acordo é
considerado uma ZLC quando
abarca ao menos 80% do comércio entre os países participantes.
O Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), firmado em 1994 entre os Estados Unidos, o Canadá e o México, é o melhor exemplo desse modelo.
O MC, por sua vez, compreende
a circulação de mercadorias, mas
inclui também a livre circulação
de capital e trabalho. Isso significa
que passa a existir o livre trânsito
de pessoas (trabalhadores) e a livre circulação de capitais (investimentos). Essa etapa de integração
implica a abolição de todas as barreiras fundadas na nacionalidade,
como é o caso do processo em
curso na União Européia.
Roberto Candelori é coordenador da
Cia. de Ética, professor da Escola Móbile
e do Objetivo.
E-mail: rcandelori@uol.com.br
Texto Anterior: Biologia: Algumas considerações sobre os insetos Próximo Texto: Carreira/Pedagogia: Escola não é único local de trabalho após graduação Índice
|