COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Enquanto algumas escolas incentivam que os estudantes façam o vestibular como treineiros desde o primeiro ano do ensino médio, outras preferem esperar até, pelo menos, o segundo ano.
Para o coordenador de vestibular Osmar Antônio Ferraz, do colégio Bandeirantes, não adianta o estudante prestar vestibular no primeiro ano se vai ter só um terço de todo o conteúdo cobrado. "Não vai servir", afirma.
De acordo com o professor, de cerca de 600 alunos da escola matriculados no primeiro ano, no máximo 20 fazem o vestibular. Já no segundo ano, quando começam a ser incentivados pelo colégio, a porcentagem de estudantes que fazem o teste chega a 90%.
"No segundo ano, é importante, porque aí ele começa a sentir os concorrentes do ano seguinte, o tempo de prova, a abordagem das questões e pode fazer análise dos acertos e erros", explica Ferraz.
No Colégio Waldorf Micael de São Paulo, só no penúltimo e último anos do ensino médio -que no colégio chama-se terceiro setênio e tem quatro anos- os alunos começam a fazer simulados do vestibular. Mesmo assim, a participação não é obrigatória. "A escola proporciona uma vivência da prova, mas esse não é o único assunto das aulas", diz o professor Mauro Pompeu Porrino.
O tema vestibular aparece de acordo com a vontade manifestada pelos estudantes. "Se mostram interesse, são criados grupos de revisão de conteúdo."
Outro colégio que prefere começar a falar de vestibular no segundo ano é a Escola da Vila. "No primeiro ano, os alunos ainda estão se adaptando ao ensino médio, à diversidade de disciplinas e ao novo ritmo de estudos", afirma Regina Chacur, assistente de coordenação pedagógica do ensino médio.
O estilo do vestibular aparece nas avaliações. "A cada três meses, eles têm provas de duração mais longa que o normal e que versam sobre duas disciplinas cada uma", explica Regina.


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