São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
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Aluno tenta mudar cara do trote

Mesmo com iniciativas solidárias, casos de violência física e moral continuam a acontecer

Eduardo Anizelli/Folha Press
André Padro sofreu assédio moral em sua 1ª faculdade

PATRÍCIA GOMES
ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

A entrada na faculdade, que era para ser um momento de comemoração, nem sempre acaba bem. Nesta edição, o Fovest traz o depoimento de dois alunos que sofreram trote violento e mostra como eles superaram o trauma por que passaram.
O caderno mostra ainda que, até por iniciativa dos alunos, o trote tem mudado.
No Mackenzie, por exemplo, ele é organizado pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes). Os calouros são incentivados a doar sangue e recolher roupas e alimentos. "Somos contra o trote de rua. Queremos reforçar esse tipo de integração [solidária]", diz o presidente do DCE, Eduardo Lima Cabral.
Mesmo com essas iniciativas, quem circulou pelas ruas de São Paulo nos últimos dias teve a chance de ver "bixos" pedindo dinheiro, inclusive do Mackenzie. Casos de violência física e constrangimento também continuam a ocorrer.
No ano passado, no interior de São Paulo, calouros da Unifeb sofreram queimaduras no trote. Em Brasília, alunas da UnB simularam sexo oral em linguiças.
Para coibir essas ações, as instituições têm criado disque-trotes.
No Blog do Fovest (folha.com.br/blogdofovest), o aluno encontrará dicas para que o trote traga boas recordações ou, para quem não estiver no espírito, de como escapar das atividades.
Marcelo Fidalgo, 23, usou algumas artimanhas na última segunda-feira para escapar do trote da Faculdade de Direito da USP: deixou para fazer a matrícula no meio da tarde, evitou aglomerações e, de fininho, foi embora.


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