São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
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entrevista

Brincadeiras são plausíveis, diz professor

DE SÃO PAULO

Antonio Zuin, professor do departamento de Educação da UFSCar e autor do livro "O Trote na Universidade: Passagens de um Rito de Iniciação" (Editora Cortez), defende que o trote é um rito de passagem na vida dos alunos e até esperado por eles. O professor, no entanto, sugere que esse momento importante seja marcado por brincadeiras saudáveis e nunca por humilhação ou violência.

O trote é, de alguma forma, importante para o aluno?
Antonio Zuin - O rito de passagem, que promove a inserção do calouro na universidade, é importante. O problema é o rito se fundamentar na humilhação ou na violência física. Isso é inaceitável. O fato de existirem brincadeiras, festas e diversão é algo plenamente plausível. Afinal, trata-se de um momento que marca a passagem de uma situação difícil pela qual ele passou, que foi o vestibular.


E os trotes solidários?
Em comparação com esses trotes que a gente vê cotidianamente, que têm humilhação ou violência física, significam um avanço. Mas mesmo dentro da lógica solidária a gente vê a lógica da domesticação.


O trote é mais comum hoje do que em outras épocas?
Não. A quantidade dos casos é algo frequente. O que tem ocorrido de diferente é a gravação das imagens do trote e sua disponibilização na internet. (PG)


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