DA REPORTAGEM LOCAL

Ajudar mulheres a darem à luz é uma das profissões mais antigas do mundo, mas quase sempre era exercida por pessoas sem formação. O curso de obstetrícia pretende formar os profissionais capacitados para atuarem nesse momento, mas com um enfoque diferente dos médicos.
"Esse modelo de parto baseado em hospitais, em tecnologia e em intervenções é norte-americano. O modelo europeu é um modelo mais simples, onde o profissional apenas acompanha o trabalho de parto. Parto não é doença. O especialista médico só precisa entrar caso haja algum problema", disse a coordenadora do novo curso, Dulce Maria Rosa Gualda.
Mas a atuação do profissional não será limitada ao momento do parto. Desde antes da gravidez, o formado na área poderá atuar auxiliando mulheres no planejamento familiar, como na utilização de sistemas anticoncepcionais. "Mas a atuação mais efetiva será mesmo durante a gravidez", explicou a coordenadora, formada no antigo curso de obstetrícia da USP, que foi incorporado à enfermagem na década de 70.
Durante todo o período de gestação, a obstetriz faz um acompanhamento, realizando o pré-natal e cuidando da saúde da mulher -como exames de mama e de papanicolau.
Segundo ela, o profissional também atuará na educação da mãe e do restante da família, preparando-a para a chegada do filho. "Nós temos de orientar, por exemplo, como deve ser o cuidado do bebê e dela mesma", afirmou. Após o auxílio ao parto natural, o acompanhamento da mãe e do filho segue por mais 40 dias.
O graduado poderá atuar em hospitais, em maternidades, em casas de parto, em unidades de saúde e em ambulatórios.
No curso de quatro anos de duração, a partir do segundo, o estudante começará a trabalhar na comunidade, com prevenção de doenças e com pré-natal, além de observar alguns partos. A partir do terceiro ano, o aluno já será responsável por auxiliar mulheres a darem à luz, mas com o acompanhamento de professores.


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