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FUVEST
Vestibular mistura questões modernas e conservadoras
Entre as tradicionais, estão matemática, química e física
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem careta nem moderninha. A prova deste domingo
combina disciplinas com questões de perfil mais conservador, com perguntas claras e diretas -como em matemática,
química e física-, com disciplinas que têm abordagens mais
contextualizadas -como português, inglês e história.
Essa oposição, diz Matheus
Prado, presidente do cursinho
Henfil, é o que vem se verificando nos últimos anos e não
deve mudar agora. "A prova da
Fuvest vai continuar com a cara da Fuvest", diz.
O edital não especifica quantas questões são de cada matéria, mas, segundo os cursinhos
consultados pela Folha, a proporção não muda muito de um
ano para outro.
Se tudo continuar igual, das
90 questões, 16 serão de português, cinco de inglês, nove interdisciplinares e dez de cada
uma das seguintes matérias:
matemática, história, geografia, física, química e biologia.
Com isso, a disciplina que
tem mais peso na prova da Fuvest é português, que inclui
gramática e literatura. De acordo com o professor de português do Anglo Francisco Platão
Savioli, a principal característica da prova é a análise de texto.
Assim, a dica que ele dá para os
alunos é ler o enunciado mais
de uma vez. "Não se pode dar
folga para o engano", alerta.
Para literatura, diz Francisco
Achcar, do Objetivo, é fundamental já ter lido os livros que
constam da lista de obras obrigatórias, mas, nestes dias que
antecedem a prova, uma lida
num bom resumo pode ser
providencial para os que já leram as obras há algum tempo.
"Mas só o resumo não basta",
alerta o professor.
Maria Fernanda de Carvalho, 19, leu todos os livros e já
traçou sua estratégia para a
prova. A partir dos resultados
dos simulados que fez durante
o ano, resolveu que a técnica de
fazer primeiro as questões
mais fáceis de cada disciplina
não funciona para ela.
A tática de Maria Fernanda é
assim: ela começa pelas questões de inglês, a disciplina que
tem mais facilidade, "para garantir que não vá zerar a prova". Segue então para matemática, que considera o seu bicho-papão. Para relaxar e pegar
mais ânimo, antes de seguir para física, faz as interdisciplinares -que costumam estar no
início do exame.
Depois segue com química,
biologia e português, para fechar com chave de ouro a de
história. "Em história eu vou
bem mesmo cansada. Aí eu deixo por último", afirma.
Ela prestará vestibular para
direito pela segunda vez.
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