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CARREIRA
Ciências médicas dá 2 diplomas
Após os seis anos de medicina, estudante pode cursar mais um ano de ciências biológicas
GUILHERME VOITCH
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quarto curso mais disputado da Fuvest, com 37,35
candidatos por vaga, ciências médicas da Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto (313 km de SP) permite
uma formação em medicina,
com possibilidade de uma
segunda graduação em ciências biológicas.
Segundo Benedito Carlos
Maciel, diretor da faculdade,
para obter o segundo diploma é preciso fazer mais um
ano de estudos voltados à
pesquisa, nas áreas de biologia molecular, bioquímica ou
biotecnologia.
Outra vantagem é que a
concorrência é menor do que
a do curso de medicina da
USP, que tem 49,25 inscritos
por vaga.
O formato atual iniciou-se
em 1993, quando a faculdade
reformulou seu currículo.
Atualmente a graduação está
dividida em ciclo básico
(dois anos), clínico (dois
anos e meio) e treinamento
em serviço (internato de um
ano e meio).
"Fica bem pesado para os
estudantes, já que eles fazem
seis anos de graduação e ainda precisam passar pela residência. Mas para alguns vale
a pena", afirma.
Como o curso de ciências
biológicas passa por mudanças, existem planos de alterar a estrutura curricular.
"Talvez sejam exigidos mais
dois anos [para obter o segundo diploma] no lugar de
um", diz Maciel.
Os formados podem trabalhar nas áreas de genética,
biologia molecular e microbiologia, por exemplo.
Segundo Maciel, a universidade recebe muitos estudantes de outros Estados,
principalmente Minas Gerais
e Mato Grosso do Sul. Seguindo a regra da medicina,
o curso de ciências médicas
exige muito dos alunos.
Se ficar restrito à medicina, o formando terá um campo de trabalho tradicionalmente forte e rentável, mas
que não tem as mesmas garantias de tempos atrás.
"Outras carreiras passaram a dar um retorno financeiro maior nos últimos tempos", diz o médico ginecologista e assistente da coordenação de residência da Escola Paulista de Medicina, Edvaldo Cavalcante.
Segundo ele, os médicos
que conseguem destaque na
carreira veem a profissão como um ideal a ser seguido. "É
[uma profissão] difícil porque nos afasta da família e
amigos. Tem que ver a carreira como um sonho."
Atualmente, uma das especializações mais procuradas na medicina é a de dermatologia.
"Essa área de estética e cirurgia plástica é um mercado
em alta", diz Silvana Martioli
Schellini, vice-diretora da
Faculdade de Medicina de
Botucatu, da Unesp.
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