São Paulo, quarta-feira, 17 de novembro de 2010
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CARREIRA

Ciências médicas dá 2 diplomas

Após os seis anos de medicina, estudante pode cursar mais um ano de ciências biológicas

GUILHERME VOITCH
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quarto curso mais disputado da Fuvest, com 37,35 candidatos por vaga, ciências médicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (313 km de SP) permite uma formação em medicina, com possibilidade de uma segunda graduação em ciências biológicas.
Segundo Benedito Carlos Maciel, diretor da faculdade, para obter o segundo diploma é preciso fazer mais um ano de estudos voltados à pesquisa, nas áreas de biologia molecular, bioquímica ou biotecnologia.
Outra vantagem é que a concorrência é menor do que a do curso de medicina da USP, que tem 49,25 inscritos por vaga.
O formato atual iniciou-se em 1993, quando a faculdade reformulou seu currículo. Atualmente a graduação está dividida em ciclo básico (dois anos), clínico (dois anos e meio) e treinamento em serviço (internato de um ano e meio).
"Fica bem pesado para os estudantes, já que eles fazem seis anos de graduação e ainda precisam passar pela residência. Mas para alguns vale a pena", afirma.
Como o curso de ciências biológicas passa por mudanças, existem planos de alterar a estrutura curricular. "Talvez sejam exigidos mais dois anos [para obter o segundo diploma] no lugar de um", diz Maciel.
Os formados podem trabalhar nas áreas de genética, biologia molecular e microbiologia, por exemplo.
Segundo Maciel, a universidade recebe muitos estudantes de outros Estados, principalmente Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Seguindo a regra da medicina, o curso de ciências médicas exige muito dos alunos.
Se ficar restrito à medicina, o formando terá um campo de trabalho tradicionalmente forte e rentável, mas que não tem as mesmas garantias de tempos atrás.
"Outras carreiras passaram a dar um retorno financeiro maior nos últimos tempos", diz o médico ginecologista e assistente da coordenação de residência da Escola Paulista de Medicina, Edvaldo Cavalcante.
Segundo ele, os médicos que conseguem destaque na carreira veem a profissão como um ideal a ser seguido. "É [uma profissão] difícil porque nos afasta da família e amigos. Tem que ver a carreira como um sonho."
Atualmente, uma das especializações mais procuradas na medicina é a de dermatologia.
"Essa área de estética e cirurgia plástica é um mercado em alta", diz Silvana Martioli Schellini, vice-diretora da Faculdade de Medicina de Botucatu, da Unesp.


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