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LITERATURA
Fontes alternativas ajudam a entender melhor cada obra
Assistir a peças e filmes relacionados a livro aumenta chances
DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO
Nove livros em três anos. A
média de um livro a cada quatro
meses é pequena, mas, se colocarmos na conta que os vestibulandos devem se lembrar de
todos os personagens e de todas as histórias das obras, além
de saber o contexto histórico da
época em que viveram os autores e o gênero literário a que
pertencem, e ainda estudar as
outras disciplinas, a complicação fica um pouco maior.
Para não esquecer o conteúdo dos livros, professores aconselham os alunos a procurar
outros trabalhos relacionados
às obras e aos autores. Exemplo: o estudante que assistir a
uma palestra sobre Machado
de Assis vai estar mais embasado para responder às questões
que um colega que apenas leu
"Dom Casmurro".
"Os alunos estão percebendo
que cada vez mais está sendo
pedida a análise de alguns pontos dos livros nos vestibulares",
disse Roberta Edo, coordenadora de língua portuguesa do
colégio Santa Maria.
"Então, é importante procurar outros caminhos além da
leitura, como assistir a peças ligadas aos temas ou épocas dos
livros." Segundo Roberta, fazer
fichas das leituras também ajuda a fixar as histórias e as características de cada personagem.
Foi o que fez o calouro Leonardo Labrada, 17. Para conseguir entrar em nono lugar na
faculdade de música da USP,
ele leu, releu e fez fichas dos nove livros. "Lia no horário livre,
no ônibus, no metrô", conta ele.
No caso de "Sagarana", de Guimarães Rosa, ele foi além: fez
pesquisa sobre a obra e sobre a
vida do autor em bibliotecas e
na internet.
E Leonardo usou uma tática
para não parar nas primeiras
páginas: "Quando a leitura ficava meio pesada, eu colocava um
marcador na página 150, por
exemplo, e me obrigava a chegar lá em uma semana". O esforço todo valeu a pena. "Foram pontos preciosos."
É para que os alunos não percam esses pontos que o colégio
Dante Alighieri baseia suas aulas de literatura do ensino médio nos livros da Fuvest.
Depois da leitura, os alunos
apresentam documentários sobre a obra. Além disso, os professores indicam músicas e
pinturas feitas na mesma época
em que o livro foi escrito. "Assim eles têm mais argumentos
para pensar", diz Maria Cleire
Cordeiro, coordenadora de língua portuguesa da escola.
Extraclasse
Para conhecer mais sobre
dois autores que estão nas listas
da Fuvest e da Unicamp, a Casa
das Rosas, na avenida Paulista
(São Paulo), vai oferecer o curso "Machado e Rosa: Confluências às Margens da Prosa", ministrado pela professora Clenir
Bellezi de Oliveira. Serão oito
aulas (R$ 10, no total) que tratarão dos pontos comuns entre
os trabalhos de Machado de Assis e Guimarães Rosa.
Mais informações pelo telefone 0/xx/ 11/3285-6986.
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