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BIOLOGIA
Interação genética
ISMAEL FERNANDES DE
ANDRADE
ESPECIAL PARA A FOLHA
No século 19, Mendel, em sua
primeira lei, defendia que cada
característica seria determinada por um par de genes que se
separavam na formação de gametas, lançando as bases da genética. Sua tese foi confirmada
por Morgan, no século 20, com
sua teoria cromossômica da herança, que indica a localização
dos genes nos cromossomos.
A citologia corroborou com
Mendel: os gametas animais
são formados por meiose; nessa
divisão, ocorre a separação dos
cromossomos homólogos onde
estão os genes alelos.
Os alunos, ao começar a estudar genética, são levados a concluir que características humanas são determinadas por um
par de genes. Porém, a maioria
das características é determinada pela interação de muitos
pares de genes.
Para começar a entender a
complexidade, podemos lembrar que a maioria das reações
celulares é catalisada por enzimas codificadas nos genes. Para completar uma via metabólica, são necessárias muitas enzimas, portanto vários genes
contribuem com aquela biossíntese.
Para ilustrar o tema, podemos consultar a questão 22 da
Unicamp que está em
www.convest.unicamp.br/vest-anteriores/2003/download/comentadas/cbiologicas.pdf. Nela, é possível perceber a interação de três
pares de genes envolvidos com
a produção de pigmento em determinada espécie. A deficiência de cada uma das três enzimas leva ao albinismo. No item
b, pede-se realizar um cruzamento entre albinos puros de
tipos diferentes. O resultado
surpreendente: de um casal de
albinos surge descendente normal! Se estivéssemos pensando
em herança monogênica, poderíamos concluir, erradamente,
que o albinismo nessa espécie
seria determinado por gene dominante.
O site acima é uma boa dica
para o aluno se preparar para
as provas dissertativas que
ocorrerão em janeiro.
ISMAEL FERNANDES DE ANDRADE é bacharel
em ciências biológicas pela USP, professor do
Stockler Vestibulares e do Colégio Mater Amabilis e membro da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia
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