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CURSINHOS
Preparatórios oferecem cursos específicos para o novo Enem
Aulas vão de agosto a outubro; número de inscritos fecha em 4,6 milhões
PATRÍCIA GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL
Domingo, 9h da manhã. Duzentos e noventa alunos se dividem em duas salas dispostos a
ter dez horas seguidas de aula
preparatória para o Enem.
Andressa Rocha, 18, é uma
delas. Ela saiu às 7h30 de casa,
pegou trem, ônibus e chegou
para a aula gratuita promovida
pelo cursinho Henfil, uma das
formas que o instituto encontrou para preparar os alunos
especificamente para o exame.
O curso está reformulando o
material didático para atender
às novas exigências da prova e
aumentou de dois para cinco
dias por semana a carga horária
do curso Enem que já oferecia.
Mas não é só no Henfil que a
corrida preparatória para o
exame começou. A dois meses e
meio da prova, os pré-vestibulares estão terminando de replanejar cursos que atendam à
demanda dos alunos.
O Anglo, por exemplo, nem
tinha curso específico. Mas
neste ano, diante das alterações
e do pedido dos alunos, vai oferecer um curso que vai de agosto até a véspera da prova.
Segundo o coordenador do
Anglo, Alberto Francisco do
Nascimento, o programa prevê
aulas de exposição do conteúdo, de resolução de questão e simulado com dois dias de prova.
No cursinho da Poli as alterações do novo Enem também fizeram com que as aulas fossem
repensadas. O curso já oferecia
uma preparação específica de
um mês desde 2006. Neste ano,
serão dois meses. "O aluno deve
relacionar o conteúdo com seu
dia a dia", diz Gilberto Alvarez,
o coordenador do curso.
Apesar das mudanças que
preocupam alunos e professores, o Intergraus aposta na manutenção do tipo de pergunta e
oferece um curso de resolução
de questões. "A cara da questão
não vai ser muito diferente, não
vai depender de disciplinas memorizadas", diz Carlos Alberto
Ciscato, coordenador do curso.
Diferenças metodológicas à
parte, os cursinhos são unânimes em dizer que, na reta final,
interpretação de texto e familiarização com as questões é o
que mais importa. "O aluno será convidado a interpretar. É
fundamental que ele faça exercícios de outras edições do
Enem", diz Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil.
Já no CPV, não será pelas aulas tradicionais, com professor,
quadro e giz, que o aluno terá
uma preparação para o Enem.
O curso prevê já para o início
de agosto que uma ferramenta
on-line chamada de blackboard
entre no ar para seus alunos.
"A plataforma tem chat, fóruns, aulas com videoconferência, enfim, um ambiente escolar virtual para auxiliar no ensino fora do curso", diz Marcelo
Chumer, diretor financeiro do
grupo e responsável pela implantação da ferramenta.
Abaixo da meta
Apesar da reformulação do
Enem neste ano, o número de
inscritos não alcançou a meta
do Inep (responsável pelo exame). O órgão esperava 6 milhões, mas foram 4.576.126 inscritos ou 14,3% a mais do que
ano passado, quando o Enem
tinha menor adesão entre as
universidades. Ainda assim o
número de inscrições registradas neste ano foi recorde.
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