São Paulo, terça-feira, 22 de setembro de 2009
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A NOVA GERAÇÃO DO DIREITO

USP e Unesp apostam em atendimento à comunidade

Com nota 5 no Enade, Mackenzie e PUC creditam qualidade a docentes

DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO

Quem conseguir derrotar uma legião de concorrentes e passar em direito na USP ou na Unesp pode esperar uma formação sólida, professores gabaritados e um contato próximo com a comunidade.
As duas faculdades públicas de direito do Estado oferecem assistência jurídica gratuita como oportunidade de prática aos alunos. Tal proximidade é apontada por Marcos Simão Figueiras como o diferencial do curso que ele coordena, o da Unesp, localizado em Franca (400 km de SP).
Aluna do quarto ano, Cintia de Freitas, 24, estagia no CJS (Centro Jurídico Social), que presta assistência jurídica à comunidade. Lá, orienta ações, por exemplo, de pedidos de separação e de aposentadoria.
"Diferentemente de outros escritórios, nós acompanhamos os usuários do momento da entrada até a sentença. Recebemos, fazemos as peças jurídicas, vamos às audiências."
No Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) de 2006, última edição que avaliou cursos de direito, a Unesp alcançou nota máxima, em escala que vai de 1 a 5.
A USP opta por não participar do Enade. Mas, em exame da OAB deste ano, a faculdade teve 79,8% de aprovação, o maior percentual do Estado.
Heleno Torres, presidente da comissão de graduação da Faculdade de Direito da USP, diz que, para dar aula no largo de São Francisco, é pré-requisito ter ao menos doutorado. Em outras instituições, são aceitos professores com títulos de mestre e, às vezes, nem isso.
Torres afirma que os alunos são incentivados, desde o início da graduação, a desenvolver projetos de pesquisa. Apesar desse viés voltado à academia, o professor diz, "sem falsa modéstia", que a universidade prepara seus alunos para atuar bem em qualquer área.
Entre as particulares, o Mackenzie também tirou 5 no Enade e teve 63% de aprovados na OAB, segundo lugar da capital.
Aluna do cursinho preparatório Hexag, Jéssica Grecco, 18, presta, pela terceira vez, o vestibular do Mackenzie, faculdade onde faz questão de estudar. No ano passado, ela foi aprovada na PUC-SP, mas decidiu se preparar mais um ano e tentar a faculdade de seus sonhos.
A persistência se justifica, segundo ela, porque o Mackenzie tem um curso de direito mais "puxado" que os outros. "Tenho vários amigos que estudam lá e dizem que o curso é puxado, mas estão gostando."
Jéssica quer trabalhar com direito ambiental, área de atuação da empresa de sua família.
Roberto Dias, coordenador do direito da PUC, destaca o direito público, destinado ao estudo das demandas do Estado, como uma das áreas mais reconhecidas da faculdade.
Aponta ainda os convênios com faculdades no exterior -como a de Coimbra (Portugal) e a Sorbonne (França)- como pontos fortes da graduação, que teve nota 5 no Enade.
Por estudarem em um curso novo (criado em 2005), os alunos da FGV Direito ainda não participaram do Enade nem do exame da OAB. Como diferencial, a FGV oferece a possibilidade de dupla graduação, que une direito e administração.


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