WILSON LIBERATO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Conhecer uma língua implica escolhas diversas, sejam elas vocabulares, gramaticais, culturais ou contextuais. Isto é, há que se levar em conta uma visão sistêmica da língua. Particularmente, a gramática é importante no sentido de se observar como os falantes utilizam as estruturas e os recursos de sua língua, que funções ou usos lhe atribuem em suas práticas sociais. Assim, para entender como uma língua funciona, não podemos dispensar sua gramática. É ela que em boa parte orienta o que é ou não possível, o que é e não é coeso ou coerente. Entretanto, devemos ter sempre em mente que, se a gramática é um componente essencial de uma língua, ela não é, por si só, a língua propriamente dita. As palavras têm funções e classes gramaticais específicas, tornando-se necessário saber reconhecer sua terminologia, quando se trata de exames que verificam conhecimentos lingüísticos. Qual a função de um determinado termo em um dado contexto? A que classe ele pertence? Consideremos a frase inglesa "summer breeze". Isoladamente, a palavra "summer" (verão) é um substantivo, assim como "breeze" (brisa). Mas, nesta colocação, "summer" tem a função de adjetivo: brisa de verão. Outro exemplo: "Fishing is his favorite sport. Look! He's fishing on his new fishing boat". (A pesca é seu esporte favorito. Olhe! Ele está pescando em seu novo barco de pesca). No contexto, a mesma palavra "fishing" apresenta as funções de substantivo, verbo e adjetivo, respectivamente.