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      São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2003
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Estágio em biblioteca rendeu oportunidade de iniciação científica

DA REPORTAGEM LOCAL

Qual a relação entre um atendente de biblioteca e um estudante de odontologia? Nenhuma? Foi o que pensou Ricardo Tanaka, 26, estudante de odontologia da USP. Apesar disso, ele decidiu concorrer a um estágio na biblioteca da faculdade, onde ficou por dois anos e ganhou cerca de R$ 500 mensais por 20 horas de trabalho semanais.
Cabia ao estudante catalogar no sistema de informática da universidade as teses e os textos acadêmicos, entre outras obras dos docentes. Resultado: conheceu diversos campos de pesquisa e acabou se interessando pela produção de uma professora de patologia bucal.
Ao término do estágio, ele procurou a pesquisadora. Hoje ela é a orientadora do projeto de iniciação científica de Tanaka, que diz ter interesse em seguir essa área de pesquisa.
Para Valdireni Ansaloni, 21, estudante de letras e que estagia na biblioteca da ECA (Escola de Comunicação e Artes), da USP, uma das vantagens de trabalhar na universidade é conviver com pessoas que freqüentam outros cursos, com quem é possível trocar informações e conhecer pontos de vista diferentes.
Outro benefício é não ter gastos com transporte e economizar tempo no deslocamento entre a sala de aula e o local de trabalho. Segundo ela, o estágio também foi importante para complementar os estudos. Ela pretende dar aulas de literatura.
A estudante também participa de um programa de recuperação de obras teatrais censuradas no período entre 1929 e 1967, pelo qual recebe R$ 240.
Ela diz que é possível negociar as horas de trabalho. Caso tenha de estudar para as provas, ela pode cumprir nas férias as horas que não pôde trabalhar.
Gabriela Hosaka, 22, aluna do curso de relações internacionais, por sua vez, afirma que, quando trabalhou na seção de vestibular da PUC-SP por seis meses, teve a oportunidade de entender a organização da equipe e a infra-estrutura necessária para o funcionamento de uma empresa.
De acordo com Sergio Muniz Oliva Filho, coordenador da Cecae, da USP, quando são oferecidas oportunidades, a instituição procura selecionar os estudantes que aproveitarão melhor a atividade.


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