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NOVIDADE
USP lança curso de educomunicação
Licenciatura oferecida pela ECA a partir de 2011 une as áreas de comunicação e pedagogia
DA REPORTAGEM LOCAL
Mal aconteceu a primeira fase da Fuvest deste ano (leia
mais ao lado) e já começam a
aparecer novidades para o ano
que vem. A ECA (Escola de Comunicação e Artes), da USP, vai
oferecer, para 2011, 30 vagas
noturnas para o curso inédito
de educomunicação, com quatro anos de duração.
A nomenclatura é nova, mas
ela já dá uma dica do que se trata: um curso que mescla conceitos teóricos de comunicação
e de educação e que põe a pedagogia e a tecnologia para agirem
juntas, em busca de um melhor
aprendizado.
De acordo com Ismar Soares,
professor da ECA e um dos
idealizadores do curso, a educomunicação é um fenômeno
que já vem acontecendo e que,
depois de 15 anos de discussões,
receberá uma graduação.
Segundo Soares, essas duas
áreas -comunicação e educação- sempre foram muito estudadas separadamente, e o
diálogo entre elas nunca foi dos
melhores. "No campo da comunicação, a educação não tinha
muito espaço. No campo da
educação, a comunicação era
vista com desconfiança", diz.
A educomunicação é uma
tentativa de fazer isso mudar.
Demanda da sociedade para isso, afirma o professor, já há.
Tanto que as lacunas deixadas
pela falta de um profissional
com formação específica são
ocupadas por pessoas da comunicação social e da pedagogia.
Os futuros licenciados em
educomunicação poderão trabalhar em escolas e ONGs e nas
secretarias de Educação,
atuando na capacitação de professores e ajudando a direção
das instituições de ensino a gerenciar a educação integrada à
tecnologia.
Para que o curso fosse possível, a ECA buscou parcerias
com a Feusp (Faculdade de
Educação) e com o Museu de
Arte Contemporânea. A próxima instituição na mira dos educomunicadores é a Poli. "Lá
tem gente estudando tecnologia e comunicação. Vamos precisar do apoio deles, por exemplo, para tratarmos da educação a distância", diz Soares.
O currículo da educomunicação foi estruturado de forma a
comportar, nos primeiros anos,
um espaço para as discussões
envolvendo as teorias da comunicação e as filosofias da educação. Na sequência, o aluno deverá ser capaz de levar a fundamentação teórica para fora da
sala de aula e planejar projetos
educomunicativos.
Por enquanto não será preciso contratar mais professores,
porque já há 19 docentes envolvidos com a graduação.
Em 2010, Soares diz que a
ECA organizará seminários ao
longo do ano para receber vestibulandos interessados no
curso, coordenadores de pré-vestibulares e a imprensa, não
só para divulgar a educomunicação mas também para, segundo o professor, "criar espaços de debate aberto".
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