São Paulo, terça-feira, 26 de janeiro de 2010
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CURSINHO

Além da parte pedagógica, avalie o preço e o acesso

A infraestrutura do cursinho também deve ser levada em conta

DA REPORTAGEM LOCAL

Como se não bastasse ter de escolher a futura profissão e a universidade onde gostaria de estudar, os alunos que vão prestar vestibular e estão resolvidos a recorrer a uma ajuda especializada precisam, antes, tomar outra decisão também importante: escolher um cursinho. São muitas decisões em um curto período de tempo.
Para que esse processo aconteça da forma mais amena possível, a psicanalista e orientadora profissional da Colmeia Maria Stella Leite aconselha os alunos a considerarem alguns fatores antes de se matricular: preço, facilidade de acesso, desempenho dos alunos em vestibulares anteriores, proposta pedagógica e infraestrutura.
"Alunos com facilidade de dispersão, por exemplo, devem procurar cursos que ofereçam poucos alunos por classe", afirma a especialista, para quem as turmas que fazem grandes revisões e não se direcionam a uma área específica são boas aliadas para quem ainda tem dúvidas sobre qual carreira seguir.
Leite dá ainda outras dicas: "É bom conversar com ex-alunos do cursinho e perguntar aos colegas que já fazem pré-vestibular o que eles acham sobre o lugar que escolheram".
No quesito distância, a psicóloga e psicopedagoga Lissandra Cianciaruso diz que é preciso que o cursinho seja de fácil acesso para que sobre tempo para estudar. "Isso de "eu estudo no metrô" não é o ideal. Tem barulho, movimento, é difícil de fazer anotação e de se concentrar", afirma.
Leite e Cianciaruso concordam que essa decisão é importante e precisa ser tomada com calma e racionalidade.

Na prática
Anamaria Andrade, 47, e a filha, Maria Flora, 18, passaram por esse momento de decisão juntas em outubro do ano passado. A garota cursava o terceiro ano do ensino médio numa escola tradicional de São Paulo e, desde o início do ano, já tinha certeza sobre o curso que queria cursar. Ela sabia a universidade que queria e decidiu prestar vestibular já em 2009. Com a mãe, Maria Flora pôs em prática um plano meticuloso.
"Foi tudo muito racional", conta Anamaria, que descreve o processo de escolha: a filha fez uma pesquisa dos cursinhos que ofereciam uma preparação específica e curta para a instituição escolhida e considerou uma lista de três opções.
Levou essa lista para a mãe e, então, as duas foram procurar cada um dos cursinhos para saber o preço, se o horário não atrapalhava a escola e se era fácil de chegar e ir embora.
No fim dessas análises, as duas escolheram o CPV e, hoje, Maria Flora e Anamaria comemoram a aprovação da menina, que vai começar a estudar administração na ESPM, o curso e a faculdade que queria.
"No nosso caso, no ano passado, tudo se encaixou, e ficamos felizes com o curso. Se fosse neste ano, refaríamos todas as considerações", diz a mãe.


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