São Paulo, quarta-feira, 26 de maio de 2010 | |
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"Aluno deve questionar se esforço vale a pena" Para orientadora vocacional, fazer anos de cursinho exige autocrítica "Não existe a escolha certa para a vida. Existe a melhor escolha para aquele momento", diz Delba Barros, da UFMG COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Fazer três ou quatro anos de cursinho exige muita persistência. Rotina comum na vida de pré-vestibulandos de medicina, esse sacrifício pode deixar o estudante confuso e desanimado. Para a coordenadora do Programa de Orientação Profissional da UFMG, Delba Barros, o vestibulando deve analisar ano a ano se conseguirá alcançar seu objetivo, mesmo após tanto esforço. (ANDRESSA TAFFAREL)
Folha - A sra. acha que o vestibulando deve pensar em outras opções após muitos anos de cursinho? Delba Barros - O estudante precisa fazer uma autocrítica, se perguntar "Qual é o meu limite?". Não que a pessoa deva pensar "eu não sou capaz", mas, às vezes, é porque realmente não dá, pois o que ela tem feito é o seu limite, e ainda não é o bastante. O estudante precisa perceber que cresceu de um ano para o outro, que melhorou. Se isso não acontece, precisa se questionar se vale a pena continuar. Mudar para um curso na mesma área, como odontologia ou farmácia, é uma solução? Acho que colocar outro curso da área de saúde em segundo plano não respeita essas profissões. É melhor pensar em uma segunda escolha, inclusive em outra área. Se o estudante que desiste de medicina também gosta de administração, às vezes, essa opção pode ser melhor. Ele pode fazer uma especialização em administração hospitalar e trabalhar em hospital. Mesmo não sendo médico, pode se sentir realizado. O estudante precisa pensar que não existe a escolha certa para a vida. Existe a melhor escolha para aquele momento, a melhor escolha para os recursos de que dispõe. Procurar orientação profissional ajuda, mesmo quando o estudante tem certeza de que quer ser médico? Se ele tem certeza de que quer fazer medicina, acho desnecessário. Se por acaso desistir depois, tanto da opção de prestar o vestibular quanto da faculdade -se já estiver cursando-, pode ser uma boa ajuda para que ele descubra outra profissão que gostaria de seguir. Texto Anterior: Disputadíssima, UFSCar está sem hospital-escola Próximo Texto: Histórias de vestibulando Índice |
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