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      São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 2003
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Clima ruim pode estragar viagem

DA REPORTAGEM LOCAL

Foram oito dias sem sair de dentro do barco. No máximo, podia-se ir até a porta para dar uma olhada do lado de fora. Isso porque o mar estava agitado e havia risco de cair na água.
Com o navio balançando, alguns dos passageiros passaram mal e foram medicados. O tédio só era compensado pela lembrança de que a viagem levava o grupo de pesquisadores para a Antártida. Entre eles estava Rafael André Lourenço, 25, que foi fazer coleta de sedimentos marinhos para avaliar o nível de poluição da região.
Além da ida à Antártida, ele faz viagens constantes ao litoral paulista para coletar material e fazer análises químicas da água. Para tanto o clima tem de ajudar. Como algumas coletas são feitas "com a barriga na borda do navio", como diz Lourenço, quando o mar está agitado, as viagens não são realizadas por medida de segurança.
Alguns dos materiais só serão estudados em terra firme, dentro do laboratório. Outras medições, como a análise da salinidade e do pH da água, têm de ser feitas ainda no barco, o que é mais fácil com o mar calmo e o sol brilhando.
Lourenço, formado em química pela USP, completou seu mestrado em oceanografia na semana passada e já dará início a seu projeto de doutorado.


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