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Recente, processo seletivo ainda se desenvolve, diz professor de cursinho
DA REPORTAGEM LOCAL
A UFSCar tem um exame
vestibular relativamente novo.
A instituição escolhia seus alunos por meio da Fuvest até
1999, quando decidiu criar seu
próprio processo seletivo. O resultado foi positivo: o número
de inscritos nos 27 cursos oferecidos mais que dobrou, passando de cerca de 10 mil candidatos no final de 1998 para cerca de 22 mil nos dois anos seguintes.
O modelo, de fase única em
três dias de prova, é semelhante ao do vestibular da Unesp,
com a diferença de que todos os
candidatos fazem os mesmos
exames, com testes e perguntas
dissertativas de todas as disciplinas do ensino médio. O que
varia apenas é o peso das matérias, dependendo da carreira
escolhida por cada um.
Para o professor Edmilson
Motta, coordenador do Etapa,
trata-se de um vestibular que
está em desenvolvimento. "É
uma instituição que só agora
está se tornando conhecida.
Muitos não conhecem bem os
cursos, não sabem a qualidade
que os cursos têm", afirma.
Nível do candidato
"Isso tem um impacto no
vestibular, que precisa criar um
processo condizente com o nível do candidato. No ano passado, por exemplo, foi oferecido o
curso de medicina, e o vestibular ficou mais difícil por isso,
para conseguir selecionar candidatos mais bem preparados.
Na medida em que os cursos
vão ficando conhecidos e o perfil do candidato muda, eles vão
adaptando o vestibular", afirma
o professor.
Sobre a prova, ele adverte para o nível do exame de matemática. "É uma prova difícil, que
destoa do resto. Ela está no nível da prova de matemática do
ITA (Instituto Tecnológico de
Aeronáutica) e da segunda fase
da Fuvest."
O professor Benedito Matheus Filho, do curso Objetivo
de São Carlos, onde a maioria
dos estudantes tem a UFSCar
como primeira opção, indica
quais conteúdos devem receber mais atenção do vestibulando. "No ano passado, a prova
de matemática teve 66,6% de
álgebra, 13,4% de trigonometria, 13,4% de geometria analítica e 6,6% de geometria plana
e espacial", conta ele.
Sobre química, o conselho é
"estar muito atento às funções
orgânicas, porque, conhecendo-as, os alunos saberão trabalhar com reações e responder a
questões tanto de química orgânica quanto de físico-química. A UFSCar é um pólo de pesquisa de polímeros (compostos
industriais à base de carbono),
então eles costumam cobrar
conhecimentos nessa área".
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