São Paulo, terça-feira, 26 de dezembro de 2006
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Recente, processo seletivo ainda se desenvolve, diz professor de cursinho

DA REPORTAGEM LOCAL

A UFSCar tem um exame vestibular relativamente novo. A instituição escolhia seus alunos por meio da Fuvest até 1999, quando decidiu criar seu próprio processo seletivo. O resultado foi positivo: o número de inscritos nos 27 cursos oferecidos mais que dobrou, passando de cerca de 10 mil candidatos no final de 1998 para cerca de 22 mil nos dois anos seguintes.
O modelo, de fase única em três dias de prova, é semelhante ao do vestibular da Unesp, com a diferença de que todos os candidatos fazem os mesmos exames, com testes e perguntas dissertativas de todas as disciplinas do ensino médio. O que varia apenas é o peso das matérias, dependendo da carreira escolhida por cada um.
Para o professor Edmilson Motta, coordenador do Etapa, trata-se de um vestibular que está em desenvolvimento. "É uma instituição que só agora está se tornando conhecida. Muitos não conhecem bem os cursos, não sabem a qualidade que os cursos têm", afirma.

Nível do candidato
"Isso tem um impacto no vestibular, que precisa criar um processo condizente com o nível do candidato. No ano passado, por exemplo, foi oferecido o curso de medicina, e o vestibular ficou mais difícil por isso, para conseguir selecionar candidatos mais bem preparados. Na medida em que os cursos vão ficando conhecidos e o perfil do candidato muda, eles vão adaptando o vestibular", afirma o professor.
Sobre a prova, ele adverte para o nível do exame de matemática. "É uma prova difícil, que destoa do resto. Ela está no nível da prova de matemática do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e da segunda fase da Fuvest."
O professor Benedito Matheus Filho, do curso Objetivo de São Carlos, onde a maioria dos estudantes tem a UFSCar como primeira opção, indica quais conteúdos devem receber mais atenção do vestibulando. "No ano passado, a prova de matemática teve 66,6% de álgebra, 13,4% de trigonometria, 13,4% de geometria analítica e 6,6% de geometria plana e espacial", conta ele.
Sobre química, o conselho é "estar muito atento às funções orgânicas, porque, conhecendo-as, os alunos saberão trabalhar com reações e responder a questões tanto de química orgânica quanto de físico-química. A UFSCar é um pólo de pesquisa de polímeros (compostos industriais à base de carbono), então eles costumam cobrar conhecimentos nessa área".


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