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FINANÇAS
Procurar universidade é o 1º passo para conseguir bolsa
Benefício, em geral de 50% da mensalidade, requer nota alta para ser mantido
DA REPORTAGEM LOCAL
Com os altos valores cobrados nas mensalidades de muitas universidades -estudar
economia na FGV (Fundação
Getulio Vargas), por exemplo,
sai a R$ 1.941-, uma opção para
o vestibulando é tentar obter
bolsa ou financiamento.
O primeiro passo é procurar
a própria escola, afirma Hermes Figueiredo, presidente do
Semesp (sindicato das entidades mantenedoras do ensino
superior de SP). "Quase todas
oferecem algum tipo de bolsa.
É mais fácil e rápido do que tentar o ProUni [programa de bolsas do governo federal]", diz.
As bolsas são, no mínimo, de
5% da mensalidade -a maioria
gira em 50%. A renovação pode
ser semestral ou anual, dependendo do curso. Há dois tipos
básicos: por mérito (para quem
ficou em boa posição no vestibular ou tem as melhores notas) ou socioeconômica (para
quem tem baixa renda).
Cada universidade tem suas
regras. Para solicitar bolsa na
Metodista, por exemplo, o candidato preenche um formulário
com dados, como renda familiar, no site www.metodista.br/bolsa. Ele fica sabendo na
hora se foi pré-aprovado, antes
mesmo de fazer o vestibular.
"Os pré-aprovados devem
entregar os documentos para
tentar a bolsa antes da matrícula", diz o diretor de filantropia da Metodista, Oswaldo de
Oliveira. O próximo vestibular
da instituição ocorre em maio.
Outra opção são as chamadas
bolsas-estágio, em que o aluno
trabalha na universidade -ajudando um professor ou cuidando da sala de informática, por
exemplo. "O desconto da mensalidade nesses casos pode ser
de até 90%", afirma Antonio
Carlos Cappabianco, diretor do
processo seletivo da Faap. A
instituição dá 2.340 bolsas -o
equivalente a 39% de seus estudantes. Mais dados estão em
http://seletivo.faap.br.
Sem notas baixas
Uma regra geral para manter
a bolsa é ser bom aluno -faltas,
reprovações e notas baixas levam à perda do benefício. "Os
bolsistas têm ótimo desempenho. Eles sabem que é difícil
pagar R$ 2.500 por mês num
curso de administração, por
exemplo", diz Ronaldo Toniete,
coordenador financeiro da escola de economia da FGV.
Essa instituição, assim como
a Faap, o Mackenzie, a PUC-SP
e muitas outras, premia os primeiros colocados no vestibular
com bolsas -o primeiro colocado obtém benefício integral.
"A partir deste semestre, vou
ter 100% de bolsa", diz André
Lima de Assis, 21, aluno do terceiro ano de desenho industrial
do Mackenzie. Ele obteve o benefício com a própria escola.
Recentemente, André terminou um estágio de quatro meses na Volkswagen, que lhe deu
boa experiência na área. "Se
não fosse a bolsa [de metade da
mensalidade] que tive até agora, eu não poderia estudar."
Para quem tem baixa renda,
o segundo passo é tentar uma
bolsa pelo ProUni. Mas atenção: só são selecionados os alunos que cursaram todo o ensino
médio em escola pública ou em
escola particular com bolsa integral -há alunos que estão
conseguindo a bolsa na Justiça
mesmo sem preencher todos os
pré-requisitos . Outro critério é
a nota do Enem -o aluno deve
ter feito 45 pontos no mínimo.
Quem tem renda de até um
salário mínimo e meio por pessoa da família pode obter a bolsa integral. Renda familiar de
até três salários permite concorrer a bolsa de 50%.
Atualmente, 1.400 escolas
oferecem bolsas pelo ProUni
-300 delas estão no Estado de
São Paulo, e 80, na capital.
Todo ano acontecem duas seleções para o ProUni. A inscrição para bolsas no primeiro semestre já foi encerrada, mas a
próxima deve começar em junho, segundo o MEC. As inscrições devem ser feitas no www.mec.gov.br/prouni.
(RaS)
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