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NA TEORIA
Maioria dos estudantes ainda escolhe a carreira acadêmica
Trabalhar como professor ou pesquisador costuma ser objetivo dos alunos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Segundo o chefe da filosofia
do Mackenzie, Marcelo Martins Bueno, cerca de 80% dos
calouros de seu departamento
planejam ser professores.
Muitos vêem boas oportunidades na licenciatura, já que o
Senado aprovou em maio um
projeto que altera a LDB (Lei
de Diretrizes e Bases) e torna
as disciplinas de filosofia e sociologia obrigatórias no ensino
médio. A lei ainda depende de
sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Neiva Portes, 27, decidiu
cursar letras em 1997 incentivada por seus professores. Na
época, não pensou no mercado
de trabalho. A maioria de seus
colegas se tornou professor.
Hoje, como professora de
português, Portes está satisfeita com a escolha. "É um curso
fantástico, aconselho para todo
mundo. Mesmo dando aula em
uma escola pública de periferia, cheia de problemas, eu amo
o que faço", diz.
O vestibulando Leandro Napoleão Caetano de Oliveira, 18,
também pretende ser professor, mas de história.
Ele tentou entrar em direito
por dois anos consecutivos.
Desistiu ao descobrir uma área
de que, segundo ele conta,
"realmente gostava".
"Um professor me ensinou
modos diferentes de ver a história. Agora, vou prestar para
esse curso, nem penso em mudar", diz. Oliveira pretende dar
aulas e se especializar em culturas e civilizações antigas.
A carreira de pesquisador é
outra que costuma ser seguida
por quem faz cursos mais teóricos. Essa foi a escolha de Rodrigo Lachi, 25, que se formou em
ciências sociais em 2007 pela
USP e hoje é pesquisador do
Ilanud (Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para
Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente).
Antes de entrar na faculdade,
Lachi visitou locais onde trabalham cientistas sociais. "Há a
impressão de que o mercado
será restrito, mas existe um rol
grande de possibilidades."
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