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ENTREVISTA
ONGs absorvem profissionais de todas as áreas
DA REPORTAGEM LOCAL
As oportunidades de trabalho no terceiro setor estão crescendo a um ritmo mais lento do que o interesse da sociedade pelo campo, diz o presidente da
Abong (Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais), Sérgio Haddad, 52.
Criado a partir do interesse do setor privado em atuar nas questões sociais por de meio instituições beneficentes, o campo absorve atualmente todos os tipos de profissional.
Folha - Há um crescimento das
oportunidades de trabalho no
terceiro setor?
Sérgio Haddad - O interesse
da sociedade cresce mais do
que as oportunidades de trabalho. Ele vem de todos os campos, principalmente dos mais
jovens, que têm uma perspectiva de unir o seu trabalho institucional com uma perspectiva
social, cultural e ambiental.
Mas o trabalho voluntário ainda é o principal meio de entrar
no campo.
Folha - Que tipo de profissional pode atuar nas instituições
beneficentes?
Haddad - Há necessidade de
todo tipo de gente. Assim como um médico pode trabalhar
numa empresa ou numa instituição pública, ele pode trabalhar em uma ONG, por exemplo, com o tratamento da Aids.
Folha - Qual a área que mais
cresce dentro desse setor?
Haddad - Não há uma área específica, mas há temas fortes,
como o do ambiente, que dispõe de mais recursos, e o da
saúde, que lida com a prevenção à Aids. Têm prevalecido
também os trabalhos com
crianças e adolescentes, ligados
ao direito, e os relacionados
com a educação, como reforço
escolar e ensino da cidadania.
Folha - Qual a região do país
onde há crescimento do terceiro
setor?
Haddad - Existe maior crescimento nas regiões Sudeste e
Nordeste. Há menos organizações no Sul, no Centro-Oeste e
no Norte.
Folha - O senhor tem números
exatos desse crescimento?
Haddad - Não tenho, e eles
são muito difíceis, pois a área é
muito pulverizada. Existem
cerca de 220 mil organizações
beneficentes, que podem ser de
uma ONG a uma igreja.
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