São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 2002
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ENTREVISTA

ONGs absorvem profissionais de todas as áreas

DA REPORTAGEM LOCAL

As oportunidades de trabalho no terceiro setor estão crescendo a um ritmo mais lento do que o interesse da sociedade pelo campo, diz o presidente da Abong (Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais), Sérgio Haddad, 52.
Criado a partir do interesse do setor privado em atuar nas questões sociais por de meio instituições beneficentes, o campo absorve atualmente todos os tipos de profissional.

Folha - Há um crescimento das oportunidades de trabalho no terceiro setor?
Sérgio Haddad
- O interesse da sociedade cresce mais do que as oportunidades de trabalho. Ele vem de todos os campos, principalmente dos mais jovens, que têm uma perspectiva de unir o seu trabalho institucional com uma perspectiva social, cultural e ambiental. Mas o trabalho voluntário ainda é o principal meio de entrar no campo.

Folha - Que tipo de profissional pode atuar nas instituições beneficentes?
Haddad
- Há necessidade de todo tipo de gente. Assim como um médico pode trabalhar numa empresa ou numa instituição pública, ele pode trabalhar em uma ONG, por exemplo, com o tratamento da Aids.

Folha - Qual a área que mais cresce dentro desse setor?
Haddad
- Não há uma área específica, mas há temas fortes, como o do ambiente, que dispõe de mais recursos, e o da saúde, que lida com a prevenção à Aids. Têm prevalecido também os trabalhos com crianças e adolescentes, ligados ao direito, e os relacionados com a educação, como reforço escolar e ensino da cidadania.

Folha - Qual a região do país onde há crescimento do terceiro setor?
Haddad
- Existe maior crescimento nas regiões Sudeste e Nordeste. Há menos organizações no Sul, no Centro-Oeste e no Norte.

Folha - O senhor tem números exatos desse crescimento?
Haddad
- Não tenho, e eles são muito difíceis, pois a área é muito pulverizada. Existem cerca de 220 mil organizações beneficentes, que podem ser de uma ONG a uma igreja.



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