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CARREIRA
Design diferencia produto ou imagem
Entre as novas opções de habilitações oferecidas, estão design de moda e interface digital
NATÁLIA SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Olhe à sua volta. O design está presente nas páginas deste
jornal, na embalagem e no rótulo do refrigerante, nas suas
roupas, nos seus sites preferidos e até no ventilador de teto.
Para o profissional formado
em desenho industrial -outro
nome para a carreira de design-, são muitas as possibilidades de trabalho. O mercado é
disputado, mas, segundo coordenadores de cursos, é uma
área em expansão, principalmente por causa do bom momento econômico do país.
"O design virou uma estratégia de negócio, pois é preciso
investir em diferenciação. O
empresariado brasileiro está
cada vez mais atento a isso. E,
com o atual cenário econômico,
certamente será uma área em
expansão nos próximos anos",
prevê Milton Francisco Júnior,
coordenador do curso da Faap
(Fundação Armando Álvares
Penteado).
Tradicionalmente, os bacharelados em desenho industrial
são divididos em duas habilitações: gráfico e de produto. Após
um ciclo básico de disciplinas
como história da arte, modelagem e desenho, o estudante escolhe a sua habilitação.
No gráfico, o aluno vai estudar tudo aquilo que é relacionado à imagem: rótulos, logotipos, comunicação e identidade
visual, computação gráfica e até
fotografia. Já no de produto,
como o nome diz, o curso é voltado para quem quer desenvolver produtos, seja inovando o
que já existe ou mesmo criando
objetos, de utensílios domésticos a automóveis.
Criado em 2005, o curso da
USP é exceção: os estudantes se
formam aptos para as duas
áreas e a graduação dura cinco
anos, diferentemente das demais, que duram quatro. "Acreditamos que é preciso uma visão integrada. O curso nasceu
da união das faculdades de arquitetura, engenharia, comunicação e economia", diz Carlos
Zibel, diretor do curso.
As universidades, no entanto, têm ainda novas opções de
habilitações, como design de
moda e interface digital, oferecidas no Senac.
"Interface digital é uma área
muito nova, híbrida entre o design e a programação e que está
em rápida ascensão. O profissional trabalha com projetos de
web até o desenvolvimento de
aplicativos digitais para celulares", explica Eleni Paparounis,
coordenadora do curso de desenho industrial de produtos.
Apesar das perspectivas otimistas para todas as áreas, o
mercado tem absorvido mais
gente do setor gráfico, segundo
os coordenadores. Aproveitando o bom momento, Guilherme
Falcão, 25, decidiu montar o
seu próprio escritório após se
formar no Senac. "Como eu
presto serviço para diferentes
empresas, acabo aprendendo
sobre várias áreas."
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