São Paulo, terça-feira, 27 de outubro de 2009
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CARREIRA

Design diferencia produto ou imagem

Entre as novas opções de habilitações oferecidas, estão design de moda e interface digital

NATÁLIA SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Olhe à sua volta. O design está presente nas páginas deste jornal, na embalagem e no rótulo do refrigerante, nas suas roupas, nos seus sites preferidos e até no ventilador de teto.
Para o profissional formado em desenho industrial -outro nome para a carreira de design-, são muitas as possibilidades de trabalho. O mercado é disputado, mas, segundo coordenadores de cursos, é uma área em expansão, principalmente por causa do bom momento econômico do país.
"O design virou uma estratégia de negócio, pois é preciso investir em diferenciação. O empresariado brasileiro está cada vez mais atento a isso. E, com o atual cenário econômico, certamente será uma área em expansão nos próximos anos", prevê Milton Francisco Júnior, coordenador do curso da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado).
Tradicionalmente, os bacharelados em desenho industrial são divididos em duas habilitações: gráfico e de produto. Após um ciclo básico de disciplinas como história da arte, modelagem e desenho, o estudante escolhe a sua habilitação.
No gráfico, o aluno vai estudar tudo aquilo que é relacionado à imagem: rótulos, logotipos, comunicação e identidade visual, computação gráfica e até fotografia. Já no de produto, como o nome diz, o curso é voltado para quem quer desenvolver produtos, seja inovando o que já existe ou mesmo criando objetos, de utensílios domésticos a automóveis.
Criado em 2005, o curso da USP é exceção: os estudantes se formam aptos para as duas áreas e a graduação dura cinco anos, diferentemente das demais, que duram quatro. "Acreditamos que é preciso uma visão integrada. O curso nasceu da união das faculdades de arquitetura, engenharia, comunicação e economia", diz Carlos Zibel, diretor do curso.
As universidades, no entanto, têm ainda novas opções de habilitações, como design de moda e interface digital, oferecidas no Senac.
"Interface digital é uma área muito nova, híbrida entre o design e a programação e que está em rápida ascensão. O profissional trabalha com projetos de web até o desenvolvimento de aplicativos digitais para celulares", explica Eleni Paparounis, coordenadora do curso de desenho industrial de produtos.
Apesar das perspectivas otimistas para todas as áreas, o mercado tem absorvido mais gente do setor gráfico, segundo os coordenadores. Aproveitando o bom momento, Guilherme Falcão, 25, decidiu montar o seu próprio escritório após se formar no Senac. "Como eu presto serviço para diferentes empresas, acabo aprendendo sobre várias áreas."


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