São Paulo, quarta-feira, 28 de julho de 2010
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Primeiro passo é se conhecer

Orientação profissional investe em autoconhecimento para facilitar a escolha pela carreira

Silvia Zamboni/Folhapress
Em semana intensiva de orientação, participantes recortes na Colmeia

FELIPE LUCHETE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A agenda da psicóloga Rosane Levenfus está cheia. Há cerca de 20 anos na área de orientação profissional, ela conta que, quanto mais perto das inscrições para o vestibular, mais gente a procura.
Para quem ainda não decidiu qual carreira seguir, profissionais ouvidos pela Folha afirmam que ainda dá tempo de buscar ajuda antes do período de inscrições nos vestibulares de fim de ano, que começa em agosto.
A maioria usa uma mesma palavra para definir a orientação: autoconhecimento. Não é o especialista que vai indicar uma profissão, é o jovem que vai escolher.
"Não existe mágica. O que existe é desinformação muito grande do jovem acerca de si mesmo e do mercado de trabalho", afirma Rosane.
Há várias metodologias na área. Rosane faz testes para avaliar se a pessoa está madura para decidir, reúne-se pelo menos uma vez com os pais e estimula o participante a pesquisar informações de cursos e universidades.
A psicóloga e consultora de carreira Heloisa Yoshida promove atividades lúdicas como "convidar" profissões para uma festa: o jovem escolhe várias e depois imagina para quais "convidadas" daria mais atenção.
A estudante Laís Carvalho, 16, deixou Santos, no litoral de SP, para uma semana intensiva em julho no Instituto Colmeia, na capital.
No segundo ano do ensino médio, ela está em dúvida entre administração e engenharia aeronáutica.
No primeiro dia de orientação, Laís e os colegas colaram em uma cartolina imagens e palavras tiradas de revistas sobre o que pensavam do mercado de trabalho.
A partir da atividade, eles discutiram valores que interferem na escolha com a psiquiatra e orientadora profissional Maria Stella Sampaio Leite. Carros, férias e dinheiro dividiam espaço com estudo e esforço, por exemplo.
Na hora de escolher uma carreira, Stella não acredita em vocação. Ela diz que o aluno deve identificar uma motivação e refletir sobre a área de interesse que lhe permitirá alcançar o que gosta.


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