Para alunos e professores, prova foi similar a anteriores

SIMONE HARNIK
VINÍCIUS CAETANO SEGALLA
DA REPORTAGEM LOCAL

Final da primeira fase da Fuvest e, além da sensação de cansaço pelas cinco horas na sala de exame, a impressão de quem está antenado nas provas é: por que foi feito tanto "terrorismo" sobre as mudanças do vestibular? O estresse inicial deu lugar a uma certa expectativa de bom desempenho.
"Os alunos estão esperançosos, já passou todo o estresse e a ansiedade que o anúncio das mudanças provocou", afirma a coordenadora do Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunes.
Pudera: mais do que o gosto da novidade, o candidato provou o sabor tradicional da prova de admissão para a USP. Alguns até sugerem que a dificuldade foi menor do que em outros processos seletivos.
"Achei a prova fácil. Não teve muita novidade, as questões apareceram unidas e as interdisciplinares não foram difíceis também", afirma Ana Carolina Spitalere, na disputa por uma vaga no curso de geografia.
Prestando vestibular pela segunda vez para o curso de artes cênicas, Luiz Carlos Costa Sartu, 19, concorda com Ana Carolina sobre a facilidade das interdisciplinares. Porém, pondera: "Por algumas questões a prova continua a cara da Fuvest, principalmente pelas exatas".
A principal virtude apontada pelos candidatos foi a diminuição de questões de cem para 90, o que permitiu ler a prova com calma. Já a principal crítica foi a ausência da divisão por matérias. "Ficou mais confuso. As questões estavam legais, teve até mais interpretação. Mas a falta do nome das disciplinas atrapalha um pouco a organização", diz Lívia Silveira, 21, que quer uma vaga em letras.
"Foi uma bobagem esconder dos alunos a distribuição das questões por matéria. No fundo, a prova foi tão boa como as anteriores. Mas a USP não precisava ter feito mistério sobre o formato do exame", avalia o coordenador do Anglo, Nicolau Marmo.
Agora, resta ao vestibulando a espera pela divulgação da nota de corte e pela confirmação dos convocados para a segunda fase. A Fuvest publica no dia 15 de dezembro a lista dos que farão as provas dissertativas e o local de exames. A segunda fase acontece de 7 a 11 de janeiro, e a lista dos aprovados sai no dia 7 de fevereiro.


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