DA REPORTAGEM LOCAL

Passada a primeira etapa da Fuvest, tudo o que o vestibulando quer saber é a sua chance de passar para a segunda fase. Mas, de acordo com especialistas ouvidos pela Folha, é cedo demais para fazer previsões sobre a nota de corte. O momento é propício para não desanimar e manter os estudos em dia.
"É difícil comparar o vestibular de um ano com o de outro. Além disso, neste ano houve a diminuição do número de questões e também as interdisciplinares", afirma o coordenador do Anglo, Nicolau Marmo.
Segundo ele, o estudante tem de agir segundo a "lógica do tenista campeão": depois de ter disputado um ponto, tem de esquecer e pensar no próximo. Ou seja, feita uma prova é hora de pensar nos outros vestibulares que ainda virão.
De acordo com Marmo, a impressão geral é que algumas matérias tiveram o grau de dificuldade menor do que no ano passado, o que poderá elevar a pontuação mínima.
O Etapa realiza todos os anos a simulação da média dos candidatos em uma enquete virtual. Com 3.100 respostas de vestibulandos, a impressão que se tem é que os estudantes tiveram desempenho geral melhor do que no ano passado.
Com a nota normalizada para 90 pontos, a média geral está em torno de 52,5 pontos, maior do que no ano passado, que foi de 47,2. O indicativo de que a nota de corte poderá subir deve ser avaliado com cautela, segundo o responsável pela parte de internet do Etapa, Nilton Furtado Canto: "É muito cedo para tirar qualquer conclusão".
"A nota de corte, com certeza, mudará. Mas é impossível dizer se ficará mais alta ou mais baixa. Quem está com uma nota boa deve continuar lutando e estudando", orienta a coordenadora do Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunes.
Segundo ela, a prova da Fuvest pode ter ficado mais fácil para alguns e não para outros.
"O importante é lembrar que ainda há outras provas por aí, inclusive em grandes universidades públicas, e é preciso ficar concentrado."


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