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NÃO PERCA SUA CHANCE
Ficar atento à chamada posterior evita perda de vaga
ALUNO NA LISTA DE ESPERA DEVE CONFIRMAR INTERESSE; NA UNESP, 129 CURSOS CONVOCARAM TODOS ELES
ANDRÉ NICOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem só da primeira chamada
dependem as chances de aprovação nos vestibulares. Em todas
as universidades, boa parte das
vagas é preenchida em listas posteriores. Ficando atento às divulgações e confirmando interesse
nas listas de espera, pode-se evitar
fazer mais um ano de cursinho.
De todos os candidatos que passaram para a segunda fase da Fuvest, 60,5% prestaram também
Unesp, Unicamp ou ambas. Então é comum que alunos aprovados em mais de uma universidade
escolham uma delas, deixando livre a vaga da outra.
Na Unicamp, por exemplo,
quase a metade (49%) dos estudantes que ingressaram no ano
passado conseguiu a sua vaga nas
listas subseqüentes. Nas carreiras
de biológicas da Unesp, em 2003,
dos 1.772 matriculados, 968 vieram da lista de espera ou da relação adicional de aprovados.
Nas duas universidades, funciona o sistema de lista de espera. No
mesmo dia em que é divulgada a
primeira relação de aprovados,
outros alunos são chamados para
preencher vagas que possam sobrar. Para poder se matricular,
quem está na lista de espera tem
de confirmar interesse na unidade do curso e, caso haja desistências, ele se matricula no mesmo
dia. Caso não confirme interesse,
o candidato perde a sua chance.
A probabilidade de conseguir
uma vaga, se estiver com o nome
na lista de espera, é alta. No ano
passado, dos 141 cursos da Unesp,
apenas 12 não aproveitaram todos os candidatos da relação. "A
lista de espera funciona como
uma segunda chamada antecipada", disse Fernando Dagnoni Prado, diretor acadêmico da Vunesp,
que faz as provas da Unesp, da
Unifesp e da UFSCar, todas com o
mesmo sistema de convocação.
Na Unicamp, segundo Renato
Pedrosa, da comissão de vestibulares, a lista de espera é calculada
para que todos sejam chamados.
Como a projeção não é exata, é
possível sobrar ou faltar alunos
-nesse caso, é feita uma segunda
chamada. No ano passado, em
medicina, dos 119 matriculados,
76 não vieram da primeira lista.
Na Fuvest, não há lista de espera, apenas chamadas subseqüentes. Somente depois da terceira
lista é que o aluno tem de confirmar interesse para seguir concorrendo. Desde 2002, a Fuvest não
divulga a colocação do último
convocado em cada carreira, o
que dificulta saber a chance de ser
chamado em relações posteriores.
"O vestibulando deve aguardar e
conferir as listas", disse Roberto
Costa, coordenador do vestibular.
Se a desistência aumenta as listas nas públicas, nas particulares,
isso acontece ainda mais. Segundo a coordenadora do exame da
PUC-SP, Ana Zilocchi, as listas divulgadas em fevereiro devem ser
grandes. "Depois das públicas, todas as outras universidades têm
baixas [de alunos]."
Gustavo Goldzveig, 17, não conseguiu um lugar na primeira lista
para o curso de direito da PUC-SP. Como tinha ficado em 420º lugar na disputa pelas 350 vagas, ele
esperava conseguir uma delas
apenas em fevereiro. Mesmo assim, conferiu a segunda chamada
e viu que foi aprovado. O mesmo
fez Felipe Gobis Meira, 17, que
chegou a ligar para a instituição
para saber se sua classificação seria suficiente para entrar em administração em listas posteriores.
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