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CARREIRA
Informática e economia são opções para matemático
Indústria também está entre os setores que empregam profissional
NATÁLIA SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Foi-se o tempo em que a única opção para quem se formava
em matemática era voltar para
a sala de aula como professor.
Mesmo ainda tendo o magistério como principal empregador, o formado em matemática
pode atuar em diferentes áreas.
O mercado financeiro é um
dos setores que têm absorvido
matemáticos que não pretendem seguir carreira acadêmica.
"Temos vários estudantes e
ex-alunos trabalhando em bancos e instituições financeiras,
justamente pela capacidade de
análise que a matemática proporciona", diz Antonio Carlos
Gilli Martins, coordenador de
ensino do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Unicamp.
Martins ressalta que há também oportunidades na indústria, em áreas como logística e
desenvolvimento de projetos.
A coordenadora do curso do
Mackenzie, Vera Azevedo, diz
que essa valorização é recente,
de cerca de dois anos para cá.
"Cada vez mais, vemos o profissional solicitado a descrever,
modelar e resolver problemas
em várias áreas do conhecimento. Quem trabalha nessa
área está sendo mais procurado, pois é alguém apto a gerar
soluções em economia, na engenharia, na informática, na
biologia e até mesmo nas ciências sociais", enumera.
De acordo com ela, bacharéis
com uma boa formação saem
da faculdade com um salário
médio de R$ 2.500 a R$ 3.000.
"É um mercado bastante promissor", acredita.
Diplomada há apenas nove
meses, a matemática Nathália
Irovski, 23, nunca quis ser professora. Apesar disso, concluiu
a licenciatura e o bacharelado e
foi efetivada como analista no
banco Itaú, na área de controle
e auditoria.
"Eu me encantei mais ainda
com o tema quando entrei na
faculdade. Lá, descobri a possibilidade de trabalhar no mercado financeiro, e uso meus conhecimentos em cálculo de índices e percentuais, análise,
manipulação de tabelas e elaboração de gráficos."
Outro setor que voltou os
olhos para os matemáticos foi a
computação. Os reflexos disso
já podem ser observados nas
graduações.
E para quem quer optar pelo
magistério, a professora Maria
Tereza de Lima Carvalho, coordenadora da licenciatura da
Unesp de Guaratinguetá -considerada a melhor do país na
área, no último Enade-, lembra que há carência de professores desde o ensino fundamental e médio até os quadros
universitários.
No Mackenzie, por exemplo,
a licenciatura dura seis semestres e o estudante pode concluir o bacharelado em seguida,
em mais um ano de curso. Na
USP e na Unicamp, quem quiser sair com as duas formações
pode pedir reingresso na universidade sem ter de passar pelo vestibular, e então completar
a grade específica -quem faz
bacharelado cursa as disciplinas de licenciatura e vice-versa.
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