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DEU NA MÍDIA
Retrospectiva de 2009, de Obama a Copenhague
ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA
Final de ano, caro vestibulando, é chegada a hora de fazermos uma breve retrospectiva -quem sabe uma revisão- sobre os fatos mais
importantes de 2009.
O ano começa com grande
expectativa para a posse do
primeiro presidente negro
dos EUA, Barack Obama,
mas as primeiras imagens
que surpreendem o mundo
são da ofensiva de Israel contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na
faixa de Gaza.
Polêmico, o ataque deixa
um grande número de mortos -1.400 palestinos contra
13 israelenses- e contribui
para o retorno do Likud
-partido do atual primeiro-ministro Binyamin Netanyahu- ao poder.
Em abril, o mundo toma
contato com um novo tipo de
globalização, a do vírus A
(H1N1), uma pandemia que
começou no México e foi se
espalhando com grande velocidade. Em seguida, a OEA
(Organização dos Estados
Americanos) readmite Cuba,
após revogar a expulsão da
ilha comunista realizada em
1962 por pressão dos EUA,
no contexto da Guerra Fria.
No mês de junho, numa
eleição tumultuada em virtude das denúncias de fraude, Mahmoud Ahmadinejad
é reeleito para a Presidência
do Irã, contra a expectativa
do Ocidente, que contava
com a vitória do reformista
Mir Hossein Mousavi. Desde
então, milhares de iranianos
continuam protestando contra a legitimidade da reeleição de Ahmadinejad e contra
o governo do líder supremo,
o aiatolá Ali Khamenei.
Em meio à surpreendente
notícia da morte do astro pop
Michael Jackson (25 de junho), os holofotes passaram
a focar a América Central em
razão do golpe militar que
derrubou o presidente Manuel Zelaya e colocou no poder Roberto Micheletti.
O líder golpista dizia aceitar a "missão" de proteger a
democracia, ameaçada pelo
esquerdismo de Zelaya, que
ampliava os laços de amizade
com o polêmico presidente
da Venezuela, Hugo Chávez.
O imbróglio hondurenho
continua. A Casa Branca, criticada por não se manifestar
sobre a ruptura democrática
no chamado "quintal" dos
EUA, continua em silêncio.
Enquanto isso, uma nova
eleição foi realizada com a vitória de Porfírio Lobo, e Zelaya continua no país e sob
proteção do Brasil na embaixada em Tegucigalpa.
O ato derradeiro foi a noticia de que Obama -que foi
agraciado com o prêmio Nobel da Paz- determinou o
aumento de militares dos
EUA no Afeganistão. Para
encerrar, os EUA decepcionaram na conferência sobre
o clima em Copenhague.
Com a temperatura aumentando no Oriente Médio
e sem metas para atenuar o
clima, nossas esperanças terão que ficar para 2010.
ROBERTO CANDELORI é professor do colégio Móbile.
rcandelori@uol.com.br
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