São Paulo, terça-feira, 29 de dezembro de 2009
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DEU NA MÍDIA

Retrospectiva de 2009, de Obama a Copenhague

ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Final de ano, caro vestibulando, é chegada a hora de fazermos uma breve retrospectiva -quem sabe uma revisão- sobre os fatos mais importantes de 2009.
O ano começa com grande expectativa para a posse do primeiro presidente negro dos EUA, Barack Obama, mas as primeiras imagens que surpreendem o mundo são da ofensiva de Israel contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na faixa de Gaza.
Polêmico, o ataque deixa um grande número de mortos -1.400 palestinos contra 13 israelenses- e contribui para o retorno do Likud -partido do atual primeiro-ministro Binyamin Netanyahu- ao poder.
Em abril, o mundo toma contato com um novo tipo de globalização, a do vírus A (H1N1), uma pandemia que começou no México e foi se espalhando com grande velocidade. Em seguida, a OEA (Organização dos Estados Americanos) readmite Cuba, após revogar a expulsão da ilha comunista realizada em 1962 por pressão dos EUA, no contexto da Guerra Fria.
No mês de junho, numa eleição tumultuada em virtude das denúncias de fraude, Mahmoud Ahmadinejad é reeleito para a Presidência do Irã, contra a expectativa do Ocidente, que contava com a vitória do reformista Mir Hossein Mousavi. Desde então, milhares de iranianos continuam protestando contra a legitimidade da reeleição de Ahmadinejad e contra o governo do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.
Em meio à surpreendente notícia da morte do astro pop Michael Jackson (25 de junho), os holofotes passaram a focar a América Central em razão do golpe militar que derrubou o presidente Manuel Zelaya e colocou no poder Roberto Micheletti.
O líder golpista dizia aceitar a "missão" de proteger a democracia, ameaçada pelo esquerdismo de Zelaya, que ampliava os laços de amizade com o polêmico presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
O imbróglio hondurenho continua. A Casa Branca, criticada por não se manifestar sobre a ruptura democrática no chamado "quintal" dos EUA, continua em silêncio.
Enquanto isso, uma nova eleição foi realizada com a vitória de Porfírio Lobo, e Zelaya continua no país e sob proteção do Brasil na embaixada em Tegucigalpa.
O ato derradeiro foi a noticia de que Obama -que foi agraciado com o prêmio Nobel da Paz- determinou o aumento de militares dos EUA no Afeganistão. Para encerrar, os EUA decepcionaram na conferência sobre o clima em Copenhague.
Com a temperatura aumentando no Oriente Médio e sem metas para atenuar o clima, nossas esperanças terão que ficar para 2010.


ROBERTO CANDELORI é professor do colégio Móbile.

rcandelori@uol.com.br


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