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LUGAR CERTO
Local deve ter conforto e organização
Somente os livros que serão usados no dia e o computador devem ficar sobre a escrivaninha
FERNANDA NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ter um local de estudos confortável e bem equipado em casa ajuda na hora da preparação
para o vestibular. Desfrutar de
um escritório ou de uma biblioteca é o ideal, mas, na falta deles, o quarto, além de proporcionar boas noites de sono,
também pode favorecer as horas de estudo.
Para isso basta que recomendações básicas sejam seguidas e
que as duas funções -descanso
e trabalho- se misturem o mínimo possível.
O primeiro passo é providenciar uma bancada, mesa ou escravinha com espaço suficiente
para acomodar um computador e para distribuir livros e cadernos. A altura ideal do móvel
fica entre 70 centímetros e 75
centímetros, segundo o arquiteto Carlos André Palatnic.
"Uma mesa com a altura errada vai causar desconforto e
dar dor nas costas", explica Palatnic. Uma boa opção de material para usar na mesa é a fórmica. "É fácil de limpar e boa
para escrever e desenhar em cima", afirma o arquiteto. Já a cadeira precisa ter altura regulável e ser confortável.
Os fios do computador precisam ficar embutidos e elementos como a HD e a impressora
devem ficar em armários e gavetas para ficarem à mostra só
quando forem ser usados. "Isso
é para que não interfiram demais nas outras funções do espaço, dando a impressão de que
a pessoa está dormindo num
escritório", diz Palatnic. O local
em que ficarem os aparelhos
tem de ser bem ventilado.
Marcel Povlovitsch Seixas,
18, estuda durante o dia no cursinho e à noite em casa. O quarto dele é equipado com uma escravinha grande, computador,
prateleiras e luminária. "É bem
confortável", afirma o estudante. Os pontos fracos, segundo o
arquiteto Itamar Berezin, são a
cadeira, com encosto de madeira, e a altura da luminária,
"muito baixa".
A posição da mesa de Marcel
em relação à janela está certa
(veja foto na página ao lado).
"De preferência, deve ficar de
lado, para o estudante se beneficiar da boa claridade e ventilação. Se ficar de frente, a luz pode bater no rosto", diz Berezin.
Já no quarto de Marina de
Oliveira Evangelista, 17, a mesa
fica em frente à janela, o que
pode causar calor excessivo e
tirar a atenção. "A janela fica virada para a rua, mas como o
movimento é tranqüilo, não me
distraio muito. O sol também
não me incomoda", diz Marina.
De acordo com os arquitetos,
sobre a escrivaninha precisam
ficar apenas o computador e os
livros que serão usados no dia.
O restante do material deve ficar em gavetas, prateleiras ou
armários. "É importante que a
mesa e o quarto em geral estejam sempre bem arrumados",
afirma Berezin.
Quarto pequeno
No caso de Ana Luiza Narvaez Ragnolli, 18, o problema é
o espaço reduzido do quarto.
"Só cabe a cama, duas cômodas
e dois armários", diz. Por isso,
ela estuda na mesa de jantar,
quando a mãe não está em casa,
ou senão distribui almofadas e
edredons do lado da cama e
senta no chão do quarto.
Se o dormitório é pequeno, a
sugestão de Palatnic é, quando
possível, usar uma cama suspensa, espécie de mezanino, e
embutir a escrivaninha e prateleiras embaixo dela. "A iluminação poderá ser instalada embaixo da cama."
Armários altos também ajudam a desobstruir o espaço e favorecem a movimentação no
dormitório. Outra opção é que
a mesa seja um elemento que
possa ser escamoteado, ou seja,
que quando não estiver sendo
usada "desapareça" ao ser presa à parede ou a um armário.
Quando a necessidade é abafar ruídos vindos de fora, tapetes, cortinas e quadros são aliados. "Normalmente, os dormitórios já são mais silenciosos do
que outros cômodos, mas tecidos e madeiras ajudam a evitar
o eco", diz Berezin. O mesmo
truque pode ser usado no corredor de acesso ao quarto.
A melhor iluminação é a natural. Para as noites de estudo,
os arquitetos sugerem o uso de
lâmpadas fluorescentes. "As
com tom amarelado são as mais
agradáveis", diz Berezin.
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