São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 2008
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TREINEIROS

Chance de chegar à 2ª fase da Fuvest fica menor

Número de "vagas" para treineiros caiu de 1.800 para 750 em 10 anos

Leandro Moraes/Folha Imagem
Camila Gimenez diz que vai ficar de olho no relógio na hora do treino

FERNANDA CALGARO
DA REPORTAGEM LOCAL

O próximo vestibular da Fuvest será o mais concorrido dos últimos dez anos para os treineiros. Com um número menor de "vagas" destinadas a eles, haverá menos chance de passar para a segunda fase e, assim, de poder testar o desempenho na parte dissertativa.
O treineiro é o estudante que ainda não terá concluído o ensino médio até o final do ano letivo e participa do processo seletivo somente para se familiarizar com o exame.
O número de vagas fictícias em disputa para 2009 será de 750 -250 para cada carreira disponível: humanas, biológicas e exatas. Em 2000, eram 1.800 -600 por área.
Essa diminuição dificulta a vida do treineiro porque o número de convocados para a segunda etapa é sempre três vezes o total de "vagas". Resumindo: em 2000, foram chamados 5.400 alunos na segunda fase; neste vestibular, serão 2.250.
"Quando se diminui o número de "vagas", é claro que fica mais competitivo", diz Roberto Costa, coordenador da Fuvest.
Para 2009, os números exatos de candidatos inscritos e de treineiros ainda não foram divulgados, mas, segundo Costa, o total passará de 135 mil. Como o percentual de treineiros se manteve estável nos últimos dez anos -em torno de 10% dos inscritos-, neste vestibular, calcula-se que haverá aproximadamente 13 mil treineiros.
Esse número é semelhante ao de anos anteriores, mas, como há menos chances, a relação candidato/vaga deve aumentar. No vestibular 2008, por exemplo, 12,96 treineiros disputaram uma carreira em exatas. Em 2000, foram 6,41.
"A explicação para a diminuição de "vagas" se deve ao elevado índice de ausência entre os treineiros na segunda fase. E existem os gastos com as provas, o aluguel de escolas etc., que não eram aproveitados."
De acordo com Costa, na segunda fase, o índice de abstenção entre treineiros é mais alto do que entre os candidatos reais. Enquanto o primeiro gira em torno de 8%, o segundo fica geralmente em 6%. Ele diz, porém, que o número de "vagas" para treineiros deve se estabilizar em 250 nos próximos anos.
Na Fuvest, o treineiro opta, no ato da inscrição, por uma das três áreas destinadas a ele, mas as provas são idênticas às dos outros candidatos. Na primeira fase, que será em 23 de novembro, o exame, com 90 testes, é um só para todos.
Na segunda fase, porém, as questões são discursivas e as disciplinas variam conforme a carreira. No caso do treineiro inscrito em humanas, a prova equivale à do curso de direito (português, história e geografia). A prova de biológicas é igual à de medicina (português, física, química e biologia). E a de exatas é semelhante à de engenharia (português, matemática, física e química).
Ao final, é divulgada uma lista dos "aprovados", mas eles não podem se matricular.


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