MIKE CLARK
do "USA Today"

A tirada central do filme "Advogado do Diabo" é que o diabo é um advogado e, novidade ou não, esse é um ótimo mote para uma estrela do porte de Al Pacino.
Pacino até que consegue garantir divertimento por um certo tempo. Mas, após duas horas e meia de filme, a história começa a parecer uma eterna condenação para o espectador.
A melhor descrição para o filme é dizer que ele é uma mistura de "A Firma" com "O Bebê de Rosemary", com Keanu Reeves no papel de um jovem advogado de Gainesville.
Na história, um escritório é aberto em Nova York e a adorável mulher (Charlize Theron) do jovem advogado aceita o desafio. Resultado, ele ganha novo emprego.
O presidente da firma de advocacia (Pacino) oferece ao casal um luxuoso apartamento no mesmo imóvel em que se localiza o seu próprio, que fica no último andar. O que é uma ironia geográfica, dada a identidade de Pacino -que não é revelada logo no início do filme. Só sugerida.
O novo cliente de Reeves é um provável psicopata. Logo, sua mulher começa a ter visões no novo apartamento. Entra-se no domínio do terror e do sobrenatural.
Reeves está excepcionalmente enérgico neste filme. Theron, ainda desconhecida da imprensa, deve fazer sua fama neste "Advogado do Diabo" como uma mulher fatal de negócios. Enfim, todos vão sair do filme se perguntando quem, na verdade, ela é. E do filme só sobrará essa lembrança.

Filme: Advogado do Diabo Produção: EUA, 1997 Direção: Taylor Hackford Com: Al Pacino, Keanu Reeves Quando: a partir de hoje, nos cines Lar Center 1, Astor, Eldorado 4 e circuito


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