São Paulo, quarta-feira, 01 de janeiro de 2003 |
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Em entrevista, Xuxa fala sobre 2002, ano em que reencontrou o público infantil e o sucesso de ibope Estica e puxa
LAURA MATTOS DA REPORTAGEM LOCAL Antes de chegar aos 40 anos, idade que completará em março, a apresentadora Xuxa Meneghel decidiu se "rebelar". Escolheu o ano de 2002 para fazer o que bem queria de sua carreira, sem o dedo da (ex-)eterna empresária Marlene Mattos. A loira, que nos anos 80 rebolava de minissaia e vendia tudo quanto era produto para seus "baixinhos" na TV, quis experimentar ser uma "tia do bem" e comandar um infantil educativo. Falou "tchau-tchau" para a atração que apresentava aos sábados na Globo e voltou a ter um programa infantil diário, "Xuxa no Mundo da Imaginação", que praticamente dobrou a audiência das manhãs da emissora, chegando a dar 15 de média no Ibope (cada ponto equivale a cerca de 47,5 mil domicílios na Grande SP). Também em 2002, a apresentadora se viu desbancada do topo do ranking de bilheteria do cinema nacional, quando "Cidade de Deus" ultrapassou "Xuxa e os Duendes 1". Leia abaixo a entrevista que Xuxa deu à Folha, por e-mail, em que fala sobre as críticas recebidas por seu programa, Lula e outros assuntos.
Folha - Neste ano, você rompeu
com Marlene Mattos, deixou de
apresentar o programa de sábado
e retomou uma atração infantil
diária. Por que tudo em 2002? Folha - Apesar do sucesso com as
crianças, você sempre esteve na
mira dos críticos. Entre outras coisas, a atacavam pelas roupas que
usava na TV e pela falta de conteúdo educativo do "Xou da Xuxa".
Seu novo programa, um projeto
bem diferente de seu trabalho nos
anos 80, é uma resposta às críticas? Folha - Agora, à frente de um
educativo, você começa a enfrentar críticas de pedagogos (como a
de que as crianças não entenderiam que os maus conselhos da bruxa Keka não devem ser seguidos).
Essa é uma crítica mais bem-vinda
do que as que recebia nos anos 80? Folha - Você optou por não colocar merchandising em "No Mundo
da Imaginação". Acha que a ação
comercial é negativa para o público infantil? Na época do "Xou da
Xuxa", pensava de modo diferente
ou não tinha a opção de recusar essa fonte de faturamento? Folha - Nas primeiras semanas de
"No Mundo da Imaginação", aumentou o número de telespectadores com mais de 25 anos, o que "envelheceu" a audiência das manhãs
da Globo. Acredita que são os seus
fãs dos anos 80? Isso foi um erro de
pontaria no público-alvo? Folha - No site de "No Mundo da
Imaginação", você convida os "baixinhos" a escrever uma carta ao
"novo presidente" e enviá-la para
seu programa. Diz também: "Aqui,
você terá um canal direto com
ele!". Já tem algo acertado para encaminhar as cartas para Lula? Folha - No lançamento do novo
programa, em outubro, um repórter perguntou em quem iria votar
para presidente e sua resposta foi:
"A minha preferência é a preferência de todos". Você votou em Lula? Folha - Se pudesse criar uma lei
para que Lula assinasse, qual seria? Folha - O rompimento com Marlene já está jurídica e emocionalmente resolvido? Uma empresa que
pertencia a vocês duas, a AXML, estava disputando um canal de TV.
Você tem planos de ter uma TV? Folha - No cinema, depois de anos
no topo do ranking de bilheteria,
seu filme acabou sendo ultrapassado por "Cidade de Deus". Como recebeu essa notícia? Você assistiu ao
filme de Fernando Meirelles? Folha - 2002 foi um ano bom? Folha - Quais são seus planos para 2003? |
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