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TELEVISÃO
Crítica
Indiana Jones reflete a evolução de Spielberg
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O Telecine Action exibe, de
carreira, os três primeiros Indiana Jones, e o Telecine Pipoca, o mais recente. Interessante
chance de ver quem era o Steven Spielberg de cada um dos
filmes.
Em 1981, quando realizou
"Os Caçadores da Arca Perdida" (17h45; livre), o diretor
emulou, cinefilicamente, os filmes B de aventura dos anos 40
e 50 para fundi-los no estilo
mais espetacular dos blockbusters que começavam a surgir.
No segundo, "Indiana Jones e o Templo da Perdição"
(19h50; livre), fez "vanguarda",
adotando, para uma história
francamente mais violenta,
uma montagem aceleradíssima
que só reapareceria nos filmes
de ação dos anos 2000.
Em "Indiana Jones e a Última Cruzada" (22h; livre), a
coisa perdeu empenho, e Spielberg trabalhava sem grandes
lampejos, dialogando mais com
a própria tradição da série,
num momento, 1989, em que o
modelo de cinema comercial já
caminhava para a megalomania que viria no pós-"Titanic".
"Indiana Jones e o Reino
da Caveira de Cristal" (0h15;
12 anos) faz referências aos outros, mas, mesmo cheio de efeitos digitais espetaculosos, ETs,
motoqueiros audazes etc., é um
mofo total, sem qualquer lampejo e na média do que é feito
hoje na indústria. É, certamente, a quadrilogia da ladeira do
tempo.
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