São Paulo, sexta-feira, 01 de janeiro de 2010

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TELEVISÃO

Crítica

Indiana Jones reflete a evolução de Spielberg

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Telecine Action exibe, de carreira, os três primeiros Indiana Jones, e o Telecine Pipoca, o mais recente. Interessante chance de ver quem era o Steven Spielberg de cada um dos filmes.
Em 1981, quando realizou "Os Caçadores da Arca Perdida" (17h45; livre), o diretor emulou, cinefilicamente, os filmes B de aventura dos anos 40 e 50 para fundi-los no estilo mais espetacular dos blockbusters que começavam a surgir.
No segundo, "Indiana Jones e o Templo da Perdição" (19h50; livre), fez "vanguarda", adotando, para uma história francamente mais violenta, uma montagem aceleradíssima que só reapareceria nos filmes de ação dos anos 2000.
Em "Indiana Jones e a Última Cruzada" (22h; livre), a coisa perdeu empenho, e Spielberg trabalhava sem grandes lampejos, dialogando mais com a própria tradição da série, num momento, 1989, em que o modelo de cinema comercial já caminhava para a megalomania que viria no pós-"Titanic".
"Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" (0h15; 12 anos) faz referências aos outros, mas, mesmo cheio de efeitos digitais espetaculosos, ETs, motoqueiros audazes etc., é um mofo total, sem qualquer lampejo e na média do que é feito hoje na indústria. É, certamente, a quadrilogia da ladeira do tempo.


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