São Paulo, sábado, 01 de janeiro de 2011

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Decreto determina que cinemas exibam mais títulos nacionais

ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO

O ano de "Tropa de Elite 2", dono da maior bilheteria da história no Brasil, terminou com um decreto presidencial que fará com que, em 2011, os cinemas coloquem um maior número de filmes brasileiros em cartaz.
O decreto que estabelece a cota de tela, mecanismo de proteção aos títulos nacionais, foi publicado ontem no "Diário Oficial" da União.
Tal como nos três últimos anos, cada cinema deverá exibir produções brasileiras durante, pelo menos, 28 dias por ano. O período varia conforme o número de salas do complexo, podendo chegar, no caso de um multiplex com sete telas, a 63 dias.
A diferença, a partir deste ano, é que, nesse mesmo espaço de tempo, os cinemas serão obrigados a ofertar mais títulos. Até 2010, uma sala de rua tinha de exibir dois filmes diferentes; agora, serão três. No caso dos cinemas com mais de 10 salas, a cota salta de 11 longas-metragens por ano para 14.
"É uma prevenção contra mega-sucessos", diz Adhemar Oliveira, sócio da rede Arteplex de cinemas.
A mudança, não por acaso, acontece no ano em que "Tropa de Elite 2", que ficou várias semanas em cartaz, facilitando o cumprimento da lei federal.
"Apesar da exigência de um maior número de títulos, não vejo com maus olhos essa mudança", diz Oliveira. "Com isso, o público acaba tendo uma maior diversidade à disposição."

ANO BOM
A cota de tela, estabelecida no Brasil na década de 30, já foi alvo de duras críticas por parte dos donos de cinemas. Mas como estabilizou-se nos últimos três anos, foram amainadas, também, as disputas envolvendo cineastas, empresários e governo.
O novo aumento acontece no ano em que, pela primeira vez em duas décadas, três filmes nacionais superaram a marca dos três milhões de ingressos vendidos.


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