São Paulo, Terça-feira, 01 de Fevereiro de 2000


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Cor, luxo, fama e riqueza


O Japão de Walter Rodrigues, a orgia de tecidos de Lino Villaventura e os bofes de Ricardo Almeida encerram a oitava edição do MorumbiFashion Brasil


ERIKA PALOMINO
Colunista da Folha

Chegou ao fim a oitava edição do MorumbiFashion Brasil, depois de mostrar as coleções de 20 marcas para a temporada de outono-inverno 2000.
O estilista Ricardo Almeida, o único a mostrar apenas moda masculina, encerrou a noite de ontem tendo no casting o ator Thiago Lacerda, que desfilou num terno escuro e numa calça de couro e camiseta de mangas compridas pretas. O desfile terminou às 22h.
Foi do estilista Walter Rodrigues a primeira coleção do dia. Sobre uma passarela em forma de quadrado que reproduzia um ambiente de um jardim japonês, com esculturas metálicas estilizadas em suas pontas, Rodrigues fez seu melhor desfile em muitas temporadas.
Veio mais jovial, leve, com um elenco de meninas adolescentes e cheias de frescor, com coque preto e um chapéu oriental tipo caixa de saquê. Tudo em Walter Rodrigues remete ao Japão, paixão maior do estilista.
Depois de uma visita a esse país no ano passado, ele iniciou extenso trabalho de criação têxtil, o que resultou em diferenciados materiais, como o material em gomos de matelassê, amarelo, lembrando os tecidos orientais.
A forma do quimono também se desdobrou com criatividade na coleção, seja nos conjuntos em vinil preto com textura, em mangas-morcego e na blusa usada com saia com recortes a laser.
A Fit tentou vôos em direção a uma moda mais social, mas acertou mais quando ficou no moletom básico, que é o que a marca sabe fazer de melhor.
A passarela era dourada e o "styling" dos modelos, tentando reproduzir uma atmosfera de rua, mostrou meninos e meninas de dreadlocks. Os laranjas, em peças esportivas como a calça de zíper lateral, pontuaram a coleção.
Lino Villaventura veio depois. O tema da coleção é o de uma orgia, de bichos, insetos e cores. A passarela tem como cenário uma floresta de galhos pendurados ao contrário, pintados de branco.

Bofes
O destaque da coleção são os tecidos desfiados e bordados -marca registrada do estilista paraense radicado em Fortaleza. A atriz Claudia Raia desfilou com uma saia marrom e um top na mesma cor. Foi aplaudida.
Mas nada comparado à histeria provocada pelos bofes do desfile de Ricardo Almeida.
Houve gritaria para todos os modelos, principalmente para Paulo Zulu, considerado o darling das passarelas.
Quando ele entrou com calça de couro, sem camisa, abrindo um grupo de outros no mesmo look, foi mais aplaudido ainda que o ator Thiago Lacerda.


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