São Paulo, terça-feira, 01 de fevereiro de 2011

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Fãs fazem apelo a Benjor para levar LP de 1974 ao palco

Campanha com vídeos postados no Facebook pede que artista resgate o álbum "A Tábua de Esmeralda"

Nomes da nova geração da MPB dão depoimento pedindo show do disco; por enquanto, Benjor só agradece pelo carinho

DE SÃO PAULO

Se depender da voz do povo, um artista brasileiro que pode aderir ao "disco ao vivo" é Jorge Benjor. E ele nem estava pensando nisso.
Em outubro do ano passado, o jornalista carioca Bruno Natal criou no Facebook a conta "Queremos "A Tábua de Esmeralda" ao Vivo", disparando campanha para que Benjor leve ao palco, na íntegra, seu álbum de 1974.
O disco é o último que o artista gravou tocando violão. Depois disso, ele assumiu a guitarra e abriu uma nova fase em sua carreira.
É o disco favorito de Bruno, que é um dos integrantes do Queremos, coletivo que desde o ano passado traz shows internacionais ao Rio.
Foi um dos parceiros no grupo, Felipe Continentino, que sugeriu a inclusão de depoimentos em vídeo de pessoas falando sobre o disco.
"Não quero fazer nenhuma pressão no Jorge. Quem somos nós para dizer o que ele deve fazer, né?", explica Bruno, que pede nos depoimentos que as pessoas respondam apenas qual a importância do disco e por que desejam escutá-lo ao vivo.
O jornalista buscou depoimentos de gente de sua geração, fãs que, com menos de 30 anos, não viram Benjor tocar violão. Artistas como Nina Becker, Tulipa Ruiz, Emicida e Pitty postaram declarações apaixonadas.
Nina e Pitty destacam um lado místico do disco, uma "aura mágica". Lucas Santtana fala sobre a influência de Jorge em seu estilo de tocar guitarra e destaca a faixa que encerra o álbum, "5 Minutos", como "uma das mais belas e inspiradas gravações da história da MPB, perfeita".
O músico Curumin anexou ao depoimento um trecho do show no qual faz cover de "Os Alquimistas Estão Chegando", sucesso do álbum.
"Esses jovens nunca viram Jorge tocando violão. Seria importante ter essa experiência, eu nunca tive", conta Bruno, que compara o músico a Pelé. "Também não o vi jogar, mas para ele não adianta pedir, o físico não permitiria voltar ao futebol."
Benjor já postou duas vezes em seu Twitter agradecimentos à campanha, mas foi lacônico, sem dar esperanças de que o show saia.
Bruno espera que pelo menos mil pessoas tenham aderido ao movimento para, talvez, procurar Benjor pessoalmente. Sem pressionar, ele repete. Até ontem, 694 pessoas embarcaram na ideia.
(THALES DE MENEZES)


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