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GRAMMY
Politicamente correta, premiação dá sono e traz poucas surpresas
DIEGO ASSIS
DA REDAÇÃO
Não conseguiu ficar acordado assistindo à entrega do
44º Grammy Awards transmitida
ao vivo pelo canal Sony na última
quarta-feira? Relaxa: se você não
faz muita questão de ouvir pela
enésima vez a histérica "Lady
Marmelade", trilha do filme
"Moulin Rouge", a melosa "Fallin'", de Alicia Keys, ou a também
fraquinha "Walk On", do U2, então não perdeu nada (se achar que
estou escrevendo besteira, pare
por aqui e assista à reprise legendada dia 6, às 20h, na Sony...).
Pois a primeira, estrelada por
Christina Aguilera, Pink, Mya e
Lil" Kim, foi considerada como a
melhor colaboração da música
pop entre 1/10/2000 e 30/9/2001.
Alicia Keys, indicada para seis
prêmios no mesmo período, levou cinco, entre eles o de canção
do ano, com a já citada "Fallin'"
(interpretada pela cantora durante a cerimônia). E o grupo de pop
rock U2, como já era de esperar,
faturou nada menos do que quatro gramofones dourados, dos
quais os de melhor álbum e grupo
de rock (?!) e de pop, batendo
BSB, "NSync e cia. ltda. O "rock"
também foi lembrado nas categorias metal -ponto para o Tool-,
alternativo -melhor álbum para
o Coldplay- e hard rock -com
os "menudos rebeldes" do Linkin
Park.
Mais do que manjado, também,
o evento foi comandado pelo
apresentador-metido-a-engraçadinho Jon Stewart, que já havia
encabeçado a entrega no ano passado. Referências ao 11 de setembro? Sim, muitas. Do tipo: "Em
nenhum momento a música foi
tão importante para a América...".
E dá-lhe Alan Jackson, bigodão
tingido e chapéu de caubói na cabeça, Bob Dylan, Tony Bennet e o
homenageado da noite Billy Joel.
A Washington caberá acabar
"de uma vez por todas" com a pirataria e com a "troca de seis bilhões de arquivos MP3 por mês",
garantiu o presidente da Recording Academy, Michael Greene.
Pergunta: em que mundo eles
vivem mesmo?
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