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Fontes deverá pagar R$ 97 mil por mês
CRISTINA GRILLO
da Sucursal do Rio
A partir do mês de maio, o ator e
produtor Guilherme Fontes terá
de pagar à Finep (Financiadora de
Estudos e Projetos) R$ 97 mil por
mês (em valores de hoje) para
quitar dois empréstimos, no valor
total de pouco mais de R$ 2,5 milhões, feito para a compra de
equipamentos para seu estúdio, o
Zoebra. Atualmente, ele vem pagando R$ 7.000 por mês.
Fontes deveria ter apresentado
ontem à Finep garantias de que
teria condições de pagar a dívida.
Caso não comprove, o Comitê de
Recuperação de Crédito da instituição poderá pedir judicialmente
a apreensão dos equipamentos.
A superintendente da área de
crédito da Finep, Vittoria Cerbino, disse à Folha não saber se as
garantias haviam sido apresentadas ou não. Fontes pegou dois
empréstimos: o primeiro, em 6 de
novembro de 1997, no valor de R$
528.575,75; o segundo, em 28 de
abril de 1998, de R$ 2 milhões.
Segundo o contrato, o produtor
teria 24 meses para começar a pagar a parte principal da dívida.
Nos dois primeiros anos, pagaria
apenas os juros. No final de 99,
quando deveria começar a pagar
a parte principal do primeiro empréstimo, Fontes fez uma renegociação com a Finep. Foi acertado
que ele começaria a pagar a parte
principal dos empréstimos a partir de 15 de maio. Ao assinar os
contratos, uma das garantias
apresentadas por Fontes foi a bilheteria de "Chatô". A Finep poderia bloquear até R$ 590 mil da
arrecadação como garantia.
Como o filme ainda não foi concluído, a instituição decidiu pedir
garantias adicionais, para substituir o bloqueio de receita de "Chatô". Fontes recebeu então um prazo até ontem para que apresentasse novas garantias.
"Vamos analisar o que ele apresentar e buscar informações sobre
a empresa. Se a capacidade de gerar receita não for suficiente, pode
ser pedida a execução do contrato", disse Cerbino.
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