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São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2003

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FILMES

A Grande Jogada de Ernest
Record, 14h.
 
(Slam Dunk Ernest). EUA, 93, 92 min. Direção: John Cherry. Com Jim Varney, Kareen Abdul-Jabbar. Kareen, que foi o Shaquille O'Neal de seu tempo (mais até, talvez, pois era um jogador não só eficiente como elegante), aqui é o anjo que ajuda o trapalhão Ernest a se tornar um jogador de basquete (mas não um personagem de primeira linha).

Day-O, um Amigo de Infância
SBT, 15h45.
 
(Day-O). EUA, 92, 91 min. Direção: Michael Schultz. Com Delta Burke, Elijah Wood. Na infância, a pequena Grace sente-se rejeitada pelos pais e cria Day-O, amigo imaginário. Já mulher crescida, grávida, ainda se sentindo desvalorizada pelo pai, Day-O reaparecerá para lhe dar uma força (e causar umas tantas atribulações).

Breakdown - Perseguição Implacável
Record, 21h.
   
(Breakdown). EUA, 97, 92 min. Direção: Jonathan Mostow. Com Kurt Russel, Kathleen Quinla. Caminhoneiro que se prontifica a ajudar Russel, quando seu carro quebra na estrada, sequestra sua mulher. Russel irá ao inferno para reavê-la. Poderia ser um filme comum, mas Mostow sabe driblar a vulgaridade. "Thriller" policial acima da média.

Força de Elite
Bandeirantes, 22h40.
 
(Interceptors Force). EUA, 99, 88 min. Direção: Phillip J. Roth. Com Olivier Gruner, Brad Dourif. O destacamento norte-americano chamado Força de Elite desloca-se até El Descanso, México, onde topa com alienígenas que tomam formas humanas e se preparam para ocupar o planeta. Restam aos militares em questão 24 horas para eliminar a ameaça que vem do espaço. Ou, antes, que vem da América Latina.

Intercine
Globo, 1h55.

As opções do telespectador para esta quinta são os filmes policiais "Jade" (95, de William Friedkin, com David Caruso, Linda Fiorentino) e "Desejo de Matar 2" (81, de Michael Winner, com Charles Bronson, Jill Ireland).

Barrados no Shopping
Globo, 3h30.
  
(Mallrats). EUA, 95. Direção: Kevin Smith. Com Shannen Doherty, Jeremy London. Revelado no alternativo, barato e bem-sucedido "O Balconista" (94), Kevin Smith ganhou um orçamento um pouco maior para dirigir esta comédia que não empolgou muito público nem crítica. Aqui, a dupla Jay e Silent Bob (o próprio Smith) ajuda dois coitados que foram dispensados pelas namoradas e se refugiam em um shopping center. (IA)

Real, sim, mas estranho

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Que continuidade existe no trabalho de David Lynch? "História Real" (Cinemax, 14h45) é, teoricamente, "compreensível".
Já "Estrada Perdida" e "Cidade dos Sonhos", que lhe são imediatamente anteriores e posteriores, são "incompreensíveis" (isto é, incongruentes).
Mas o que é compreensível na história de um senhor de mais de 70 anos que viaja por seis semanas, montado num cortador de grama, a fim de restabelecer relações com o irmão?
Com efeito, estamos longe tanto do estranhamento meio forçado que marcou os filmes de Lynch até "Estrada Perdida" como desse outro que parte da narração. Mas o estranhamento está lá, na poesia que vem dos gestos irredutíveis do homem, em seu trajeto de purificação por um também estranho país.


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